FAB e Anvisa explicam em detalhes como será o período de quarentena na Ala 2 de Anápolis

Presidente do órgão regulador atuou no Césio 137 e deu garantias de que a população da cidade estará segura

Rafaella Soares Rafaella Soares -
FAB e Anvisa explicam em detalhes como será o período de quarentena na Ala 2 de Anápolis

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizaram uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (06) para falar sobre os 34 brasileiros repatriados de Wuhan, cidade chinesa epicentro do surto de coronavírus, que ficarão de quarentena em Anápolis.

Secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica, o Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno informou que os aviões enviados pelo Brasil estão parados em Varsóvia, na Polônia, aguardando para entrar na China, o que acarretará em um atraso de percurso.

Esse atraso ocorreu devido a grande quantidade de aeronaves que estão se deslocando para o país. Se antes a previsão era que os brasileiros pousassem na Ala 2 na madrugada de sábado (08), a expectativa é que agora cheguem até a madrugada de domingo (09).

Assim que estiverem em solo anapolino, já será iniciada a contagem de 18 dias da quarentena, que também inclui a tripulação. Todos terão quartos especiais, máscaras hospitalares, produtos para higienização das mãos e passarão frequentemente por exames.

“Temos uma sigla que é Defesa Química, Bacteriológica, Radiológica, Nuclear e Biológica e grupamentos das três forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) estarão aqui para a parte de desinfecção das aeronaves. Trouxemos materiais de Recife, Rio de janeiro e viaturas e equipamentos. Esse combate será feito na chegada dos aviões aqui em Anápolis”, explicou o Tenente-Brigadeiro.

Em caso de algum imprevisto na viagem, as equipes também terão bolhas de isolamento e todo o material necessário para iniciar os atendimentos. Já durante a quarentena, o quadro clínico de cada um será dividido em branco, amarelo e vermelho, sendo que o segundo demandará uma atenção especial e o último, caso alguém tenha sintomas, exigirá o encaminhamento para o Hospital de Base, em Brasília.

Questionado pelo Portal 6 sobre as medidas que serão tomadas para acalmar a população de Anápolis e evitar a disseminação do coronavírus, o presidente da Anvisa, Antônio Barra, que também atuou no atendimento de vítimas do Césio 137, em 1987, disse:

“Os profissionais envolvidos tem a experiência, habilidade, capacitação acadêmica necessária e estão tendo o apoio de órgãos de governo para os recursos materiais necessários. O planejamento foi muito bem feito e não é pétreo. Ao longo do período da quarentena, um ou outro ponto elencado aqui pode se modificar. É assim em qualquer ponto do mundo. Planejamento bem feito é garantia de êxito 100%? Não, mas é a melhor arma que temos para enfrentar uma crise como essa. No território de Anápolis temos data, hora e local. É aqui nessa base que se concentra o esforço, então não há razões, por enquanto, que nos levem a supor que o resultado não será bom. Haverá segurança e essa é nossa missão hoje aqui”.

Ainda na coletiva, que também contou com a presença de Magda Costa, gerente de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde da Anvisa, e o coronel aviador Gustavo Pestana Garcez, comandante da Ala 2, foi abordado sobre os locais em que o brasileiros ficarão, como será o funcionamento da base aérea durante os dias de quarentena, os cuidados com os resíduos e como será a liberação depois que os 18 dias terminarem.

Veja na íntegra a coletiva de imprensa com a FAB e Anvisa

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