Desfecho surpreendente no sequestro de bebê em Goiás está repercutindo em todo o país
Tornado público na última quarta-feira (18), o caso de um sequestro de uma bebê de seis meses, em Valparaíso de Goiás, a 134 km de Anápolis, está repercutindo em todo o Brasil.
Tudo começou quando uma auxiliar de enfermagem, que não teve a identidade divulgada, foi até a delegacia local para relatar que a filha dela teria sido roubada pela babá.
As equipes da Polícia Civil iniciaram uma investigação e não demoraram a perceber que algo estava errado.
No prazo de poucas horas, descobriram que a tal babá havia dado a luz há seis meses, no exato dia em que a garotinha que ela cuidava nasceu.
A corporação, a partir dessas novas informações, conseguiu concluir que a suposta sequestradora era, na verdade, a mãe biológica que queria ‘resgatar’ a filha de volta.
“A gente conseguiu levantar que essa babá havia, recentemente, tido uma filha. A gente começou a ligar os pontos. Foi entregue aos agentes de polícia uma foto dessa filha da babá. Solicitamos à comunicante uma foto da menina que ela alega que era filha dela. Olhamos e vimos que era a mesma criança”, explicou o delegado Freitas Júnior, responsável pelo caso, em entrevista ao G1.
“Depois, em entrevista, ela confirmou que de fato a bebê é filha biológica da babá. Contudo, foi registrada no nome dela”, acrescentou.
A mãe biológica foi encontrada com a recém-nascida já no Distrito Federal e agora a menor deverá ficar sob os cuidados do Conselho Tutelar até que a Justiça defina quem ficará com ela.
O investigador registrou o caso como “adoção à brasileira”, quando uma criança é dada sem que sejam realizados todos os trâmites legais.
“O crime de ‘adoção a brasileira’ está previsto no artigo 242 do Código Penal. Ele consiste, basicamente, em você registrar o filho de outra pessoa como se fosse seu, sem passar pelo trâmite do processo de adoção”, explicou.
As duas ‘mães’ responderão pelo processo em liberdade, mas podem pegar até seis anos de prisão caso sejam condenadas.
Ambas ainda ser autuadas também por falsidade ideológica, já que geraram uma certidão de nascimento ilegal.