Inscrições abertas para o Arrudeia, festival que se conecta com a África que existe em Anápolis

Evento será online e podem confirmar presença bailarinos e oficineiros. Participação é remunerada

Da Redação Da Redação -
Inscrições abertas para o Arrudeia, festival que se conecta com a África que existe em Anápolis
Grupo Limanya (Guiné Konakri) confirmados para Arrudeia: Festival Dançante entre África e Anápolis. (Foto: Divulgação)

Estão abertas as inscrições para bailarinos e oficineiros que desejam participar do Arrudeia: Festival Dançante entre África e Anápolis.

Por causa da pandemia da Covid-19, o evento ocorrerá 100% online nos dias 23 e 24 de junho e contará com uma programação extensa e diferenciada.

Dentre as oficinas, haverá introdução aos ritmos percussivos africanos (música e dança), feira negra, além de rodas de conversa sobre corpo, cultura, políticas de inclusão e combate ao racismo.

Para a noite do dia 24, também está prevista uma live de encerramento com transmissão pelo YouTube.

As inscrições podem ser feitas até o dia 23 de maio e a participação será remunerada. Saiba mais no site do Arrudeia.

Em tempo

O Arrudeia é um festival de danças do universo afro que celebra as manifestações populares e tradicionais da comunidade africana que vive em Anápolis.

“Anápolis é um dos municípios goianos que mais recebe imigrantes. A cidade é celeiro de desenvolvimento de grupos familiares extremamente bem sucedidos da Turquia e da Síria. No entanto, a recente migração de grupos do continente africano ainda sofre certa resistência”, explica Narelly Batista, jornalista e produtora cultural idealizadora do evento.

“Em Anápolis salta aos olhos a quantidade de estudantes e trabalhadores de África. Eles estão nas indústrias, nas universidades, no comércio e também nas ruas, em empregos informais e inventivos. Nós do Arrudeia defendemos que a cidade precisa aprender com estas pessoas que chegam com uma bagagem cultural bastante valiosa, assim como foi com as famílias sírias e libanesas que aqui construíram seus impérios”, reforça.

Paulino Hejengo, angolano, jornalista e um dos organizadores, destaca que o evento tem foco na troca de conhecimentos entre bailarinos de linguagens diversas com estes artistas africanos que vivem na cidade.

“A ideia é que dançando e tocando, esses bailarinos e músicos, comecem a conhecer mais um pouco do que constitui o Brasil. Afinal a África está presente em todos os espaços deste país e em Anápolis não poderia ser diferente”.

O evento foi contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura 2019, da prefeitura Municipal de Anápolis.

Participação especial

Já está confirmado para o evento o Grupo Limanya (Guiné Konakri), formado por músicos e bailarinos refugiados do continente africano e sul-americano.

A dançarina, percussionista, cantora e coreógrafa Mariama Camara, que dirige o grupo, é conhecida internacionalmente por difundir a cultura Mandingue em oficinas e apresentações por todo o mundo.

No Brasil há 13 anos, a bailarina já integrou os renomados grupos Les Ballets Africains (1999-2007) e Ballet Tayeli e dançou com grandes artistas como Youssou N’dour, Youssouf Koumbassa e Salif Keita.

Como percussionista, teve formação com mestres da música como Mamadou Ba Camara, Fodé Seydou Camara e FaraTolno.

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