Vereador se pronuncia após fala sobre mortes por Covid-19 virar polêmica em Anápolis
"Quem morreu é porque tinha que morrer", disse o parlamentar
Em nota enviada à imprensa nesta terça-feira (18), o vereador Delcimar Fortunato (Avante) decidiu pedir desculpas para todas as famílias que perderam um ente querido para a Covid-19 em Anápolis.
A retratação se dá por causa de uma fala, durante um discurso na tribuna da Câmara Municipal, na segunda-feira (17), que virou uma grande polêmica nas redes sociais.
Isso porque o parlamentar elogiou o trabalho dos profissionais de Saúde e da Prefeitura de Anápolis no cuidado com pacientes contaminados pela doença e relatou estar com um parente muito próximo internado, que está recebendo ótimos cuidados.
Na ocasião, Delcimar afirmou que, pelo fato de a saúde em Anápolis “ser uma das melhores do estado”, “quem morreu é porque tinha que morrer”.
Desde que o primeiro caso do novo coronavírus foi registrado em Anápolis, 1.162 pessoas perderam a vida pela doença, incluindo jovens e adultos sem nenhuma comorbidade.
Posteriormente, o vereador voltou atrás e se corrigiu, alegando que os óbitos foram uma fatalidade e não falta de investimento.
Em tempo
No discurso, o vereador também aproveitou para falar sobre os investimentos feitos na área pelo Governo Federal e parabenizar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo envio de recursos aos municípios.
Em contrapartida, o presidente Leandro Ribeiro (PP) fez questão de destacar que o município só recebeu verba em 2020 e, atualmente, gasta cerca de R$ 6 milhões da arrecadados pela própria cidade para manter a saúde.
“O Governo Federal tem que mandar recurso esse ano e retroagir os gastos que nós estamos tendo aí”, afirmou.
O discurso na íntegra do vereador Delcimar Fortunado, bem como a fala de Leandro Ribeiro pode ser conferida entre os minutos 38:40 e 49:45.
Veja a nota do vereador
O Vereador Delcimar Fortunato, vem por meio desta se desculpar com todos os familiares das vítimas da Covid-19 pela fala equivocada na sessão ordinária do último dia 17, e reforça que se retratou ainda na sessão, onde quis dizer que as mortes não ocorreram por falta de investimento do poder Executivo, mas por conta das complicações excepcionalmente do vírus.