Novo aumento do combustível massacra e castiga os mais pobres
E assim começou esta semana: com mais um aumento da gasolina e do diesel, que já subiram respectivamente 43% e 36% desde o início do ano. Essa situação pesa no bolso do cidadão e traz insegurança quanto ao futuro .
No artigo que escrevi na segunda passada, relatei sobre o aumento da conta de energia, fruto da crise hídrica do país, e no final da semana foi anunciado mais um aumento nos combustíveis.
Muitos ainda entendem que a alta dos combustíveis prejudica apenas os motoristas, mas vale esclarecer que afeta economicamente toda a população pois também aumenta o preço do frete – refletindo nos preços de produtos e serviços .
É um efeito dominó reverso porque a partir do momento em que o combustível sobe, somos ainda impactados com o preço do gás e dos alimentos em geral, uma vez que o Brasil é dependente do transporte rodoviário.
Vejam só: estamos em uma pandemia com abismo social escancarado e o preço médio da gasolina está sendo vendido a R$ 6, chegando a R$ 7, em algumas regiões do país, com a tendência de subir ainda mais.
Não podemos esquecer que esses aumentos sucessivos do combustível resultam no aumento dos índices da inflação e reflete diretamente na população, aumentando a crise social num momento recorde de desemprego e endividamento das famílias.
Especialistas dizem que o Brasil deve buscar alguma forma de estabilizar esses preços e sinalizam que eles devem ser pautados em real e não em dólar, pois essa dinâmica atual acaba penalizando principalmente a população mais humilde.
O Governo precisa focar no papel que lhe cabe, que é proteger a população. Se seguir em outra direção, a situação que está ruim ficará ainda pior. Não podemos continuar vendo que investidores e acionistas da Petrobras sigam batendo recordes de lucros às custas do povo brasileiro que está cada vez mais pobre.
Márcio Corrêa é empresário e odontólogo. Preside o Diretório Municipal do MDB em Anápolis. Escreve todas as segundas-feiras. Siga-o no Instagram.
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