Marcelo Daher fala sobre os riscos da nova variante da Covid-19 descoberta na África do Sul

Segundo o infectologista, nova cepa carrega uma série de características preocupantes e pode ser mais grave em crianças

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Marcelo Daher fala sobre os riscos da nova variante da Covid-19 descoberta na África do Sul
Marcelo Daher, médico infectologista. (Foto: Arquivo/Portal 6)

O anúncio do descobrimento de uma nova variante da Covid-19, nesta sexta-feira (26), acendeu um sinal de atenção para todo o mundo.

Com origem na África do Sul, a cepa B.1.1.529 (que também está sendo chamada de Omicron), já tem casos registrados em outros países, como a Botsuana, Hong Kong e Israel.

Em entrevista ao Portal 6, o médico infectologista Marcelo Daher alertou que a nova variante preocupa por acumular características de outras cepas da doença, como a Beta e a Delta – esta com maior presença no Brasil.

“A que mais se destaca é uma mutação na proteína spike, que é onde atuam as vacinas contra a Covid-19. Ela consegue escapar dos anticorpos com mais facilidade, o que aumenta o risco de falhas”.

De acordo com o infectologista, a Omicron também preocupa por ”fugir” da atuação de medicamentos que estão sendo utilizados para combater o vírus.

“Se ela realmente começar a criar corpo, pode ser bem preocupante”, complementou o infectologista.

O médico apontou que, por ter os atributos que possui, essa variante carrega uma série de agravantes: ser mais resistente às vacinas, mais transmissível e causar casos mais graves da doença.

Ele destacou que ainda é preciso observar como a cepa vai se comportar e se disseminar na população. Contudo, Marcelo afirmou que especialistas já avaliam a possibilidade da Omicron ser mais perigosa para crianças.

O especialista explicou que, mesmo que a variante ainda não tenha chegado a Goiás, é importante que a população e as autoridades sanitárias fiquem em alerta.

“As pessoas precisam lembrar que a doença não acabou. Então, é importante que se tome muita atenção e tomar as medidas de proteção, se não não vamos conseguir sair dessa pandemia tão cedo.”

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