Ponte em Pittsburgh desaba no dia em que Biden visita cidade para falar de infraestrutura

Motivos para a queda ainda são desconhecidos, porém, Pittsburgh Public Safety informou haver "um forte cheiro de gás natural na área"

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Ponte em Pittsburgh desaba no dia em que Biden visita cidade para falar de infraestrutura
Ponte em Pittsburgh desaba no dia em que Biden visita cidade para falar de infraestrutura (Foto: Reprodução/ CNN)

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Uma ponte em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia, desabou nesta sexta-feira (28), horas antes de o presidente dos EUA, Joe Biden, visitar a cidade para falar sobre projetos de infraestrutura de seu governo.

A Pittsburgh Public Safety, órgão que reúne os bombeiros, a polícia e outras instituições de segurança, disse que três pessoas levemente feridas foram levadas a um hospital. As autoridades agora verificam se há vítimas sob a construção colapsada. De acordo com a KDKA, uma afiliada da CBS, outras sete pessoas também tiveram ferimentos leves. Ainda segundo a imprensa local, a ponte foi inspecionada em setembro.

Os motivos para a queda, que teria ocorrido por volta das 6h no horário local (8h em Brasília), ainda são desconhecidos. A Pittsburgh Public Safety, porém, informou haver “um forte cheiro de gás natural na área”, o que fez com que as autoridades interrompessem o fornecimento de gás e esvaziassem casas próximas.

Espera-se que mais detalhes sejam divulgados em uma entrevista coletiva, ainda sem horário definido.

Em fotos que circulam em redes sociais, é possível ver ao menos cinco veículos na cena do acidente. Um deles, que parece ser um ônibus, está bem próximo da borda rachada da ponte. O colapso ocorre no mesmo dia em que Biden visitará Pittsburgh para discutir infraestrutura, além de cadeias de suprimentos e manufatura. A Casa Branca informou que o presidente prosseguirá com a agenda planejada.

Como parte de sua viagem, o democrata irá a uma antiga siderúrgica que virou polo de pesquisa e desenvolvimento, parte do acordo de infraestrutura aprovado pelo Congresso em novembro.

O pacote de US$ 1,2 trilhão (R$ 6,47 trilhões), foco de resistência até mesmo dentro do Partido Democrata, é um dos maiores planos de investimentos públicos no país em décadas. A iniciativa destinará recursos para modernizar estradas, pontes, transportes, aeroportos, ferrovias e redes de abastecimento de água, energia e internet. A aposta é que os novos investimentos aqueçam a economia, gerem milhares de empregos e levem o país a avançar na transição rumo a uma economia menos poluente.

O plano de infraestrutura prevê ainda US$ 110 bilhões em novos investimentos em estradas, pontes e outras obras viárias. Dados do governo apontam que 278 mil km de rodovias e 45 mil pontes estão em más condições, com problemas como buracos no asfalto, infiltrações e ferrugem nas estruturas.

Na área de mudanças climáticas, o plano prevê US$ 50 bilhões para combate e prevenção de secas e enchentes, US$ 7,5 bilhões para ampliar a rede de recarga de veículos elétricos e mais US$ 5 bilhões para a compra de ônibus escolares elétricos e híbridos. Haverá ainda investimentos de US$ 66 bilhões no setor ferroviário e de US$ 39 milhões no transporte público.

A visita à Pensilvânia também faz parte de uma nova estratégia da Casa Branca para levantar a popularidade do presidente, hoje próxima dos 40%, 17 pontos percentuais a menos do que quando assumiu, segundo o Gallup. O estado foi palco de seu primeiro evento de campanha, ainda em 2019.

Em uma entrevista coletiva no último dia 19, o democrata expressou o desejo de “sair deste lugar com mais frequência”, em referência à Casa Branca, sede do Executivo americano. “Vou sair e falar com a população. Vou fazer eventos públicos. Vou interagir com eles. Vou defender o que já fizemos”, disse.

Nesta sexta, espera-se que Biden anuncie a marca de 367 mil empregos criados no setor industrial desde que assumiu o cargo, há um ano. O Departamento de Comércio americano informou na quinta que a economia dos EUA cresceu 5,7% em 2021, a mais forte expansão desde 1984 e a primeira vez em 20 anos que o crescimento econômico dos EUA superou o da economia chinesa.

Por outro lado, a inflação de 7%, percentual não visto no país desde os anos 1980, corrói o poder de compra dos americanos e, consequentemente, a popularidade do democrata. A Casa Branca teme que a queda de apoio ao presidente influencie as eleições, ameaçando a ligeira maioria da legenda no Senado.

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