Cocaína digital: será mesmo que nossas crianças deveriam ter celular?
Um menino de 13 anos de idade mata a mãe, o irmão de 7 anos e fere gravemente o pai. O crime que comoveu todo o Brasil aconteceu porque o jovem havia sido proibido de utilizar o celular para jogar e conversar com seus amigos.
Momentos de dificuldades que enfrentamos na vida, ativa o “modo sobrevivência” nos impulsionando a fazer coisas que não conseguiríamos estando na zona de conforto. Frente às dificuldades, criamos oportunidades. Isso ficou evidente na pandemia. Estudantes com ensino a distância cresceu vertiginosamente, mas as notas e a aprendizagem nem tanto.
Por muitos anos, ouvimos que a tecnologia seria o futuro e a solução para educação e outras áreas. Pronto! O futuro chegou e eis a solução para todos terem acesso à educação de qualidade. Seria bom se fosse verdade, mas não é.
Quero trazer uma reflexão sobre o uso contínuo de aparelhos eletrônicos sobre a saúde mental e o comportamento das pessoas nesse mundo tecnológico. A Neurociência explica que os efeitos no cérebro de vícios e drogas a longo prazo são devastadores. Doses cada vez maiores para atingir o prazer. Logo, estímulos maiores para que a produção de dopamina atinja uma concentração ideal e a pessoa sinta o prazer.
O uso contínuo dos aparelhos eletrônicos está agindo de igual forma que drogas. Nossas crianças estão viciadas. Seus cérebros condicionados a essa dependência e quando repreendidas ou alertadas sobre o excesso, vemos as mais diversos reações como: pessoas inquietas, com anedonia, nervosas ou até possessas como esse adolescente que matou seus familiares.
Recomendo a pais e responsáveis atenção sobre esse tema, inclusive com todos estudando sobre o assunto. Sugiro que comecem assistindo o vídeo no YouTube chamada: COCAÍNA DIGITAL com o Dr Brad Huddleston, que é um cientista da computação.
O exemplo desse adolescente assassino foi na Paraíba, há menos de um mês. Eu fiz há poucos dias a necropsia de uma adolescente que se suicidou por motivos semelhantes. Amanhã pode ser em nossos lares.
É isso.