PSOL quer fechar aliança com PT em Goiás, mas condição é afastamento de Marconi

Pré-candidata ao Governo Estadual pela sigla, Cintia Dias diz que distância de José Eliton, Caiado e Bolsonaro também são exigências para parceria

Emilly Viana Emilly Viana -
PSOL quer fechar aliança com PT em Goiás, mas condição é afastamento de Marconi
Cíntia Dias é candidato ao Governo de Goiás pelo PSOL. (Foto: Reprodução / Portal 6)

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) não formará candidatura única com o Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás caso os petistas se aliem ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB). É o que afirma a pré-candidata da sigla ao Governo Estadual nas eleições deste ano, Cintia Dias.

Mesmo com a possibilidade de uma aliança a nível nacional entre PT e PSDB, com o nome de Marconi fazendo palanque para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cintia garante que as lideranças do PSOL não aceitarão integrar uma frente ampla.

“Se o PT fizer isso, nós seremos a única candidatura de esquerda e com o direito a estar no palanque com o ex-presidente Lula”, defende em sabatina realizada pelo Portal 6 com postulantes aos cargos majoritários.

Na ocasião, a pré-candidata declarou que a legenda também se afastará do PT se porventura a sigla decidir apoiar figuras ligadas ao ex-governador José Eliton (PSB), ao governador Ronaldo Caiado (UB) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A disputa apresentada hoje tem, sobretudo, quadros da direita, em um patamar ainda muito conservador. Homens brancos, mais velhos, que não discutem pautas importantes para nós como o movimento das mulheres, negro e LGBT”, avalia.

Apesar disso, Cintia anuncia que o partido deseja caminhar com a candidatura de Wolmir Amado, nome apresentado pelo PT para a corrida ao Palácio das Esmeraldas.

“Gostaríamos de estar no mesmo palanque com ele, ou com qualquer outra figura da esquerda ou do PT, não temos dificuldade de conversar com o partido e até marcamos eventos em conjunto”, argumenta.

Currículo

Cíntia tem 45 anos, é socióloga formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), instituição onde atualmente é mestranda. Ela foi anunciada para a disputa em substituição a Weslei Garcia, que concorreu ao cargo de governador nas eleições de 2018.

Sobre a mudança, a pré-candidata assegura que a decisão coletiva e acertada por Garcia.

“A discussão teve início no ano passado e foi debatida a possibilidade de nos colocarmos dentro da Alego [Assembleia Legislativa de Goiás]. O Weslei já foi candidato ao Governo duas vezes e a conjuntura tornava uma candidatura como a dele importante. Ele também entendeu que era mais interessante esse cenário”, declarou.

No pleito de 2020, a pré-candidata foi postulante a uma vaga na Câmara de Vereadores de Goiânia e obteve 1.733 votos. Ela está no PSOL desde busca por assinaturas para a fundação do partido, em 2004.

“A política sempre fez parte da minha vida, mas eu não tinha tanta exposição, por uma questão de privacidade, e até estar aqui é inédito. Mas estou aqui para o jogo”, alega.

 

Confira a entrevista completa:

 

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