Rússia cita ‘mulheres bonitas’ e faz ameaça velada em espécie de vídeo promocional para europeus

Mensagem é uma alusão à crise energética que se anuncia no continente após a redução no fornecimento de gás russo

Folhapress Folhapress -
Rússia cita ‘mulheres bonitas’ e faz ameaça velada em espécie de vídeo promocional para europeus
*ARQUIVO* BRASILIA, DF, BRASIL, 14-11-2019, 09h00: O presidente Jair Bolsonaro participa de evento (Diálogo com o Conselho Empresarial do BRICS) com os presidentes dos países do BRICS, Cyril Ramaphosa (Africa do Sul), Narendra Modi (Primeiro Ministro da Índia), Vladmir Putin (foto) (Rússia) e Xi Jinping (China) durante reunião de cúpula do grupo, no Palácio do Itamaraty. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Mulheres bonitas, combustível barato, cristianismo e valores tradicionais. Com argumentos como esses, a representação diplomática da Rússia na Espanha busca atrair imigrantes em uma espécie de vídeo promocional.

O conteúdo em inglês, publicado no perfil oficial da embaixada no Twitter na última semana, lista qualidades do país com o slogan “é hora de se mudar para a Rússia” e o recado: “não demore, o inverno está chegando”.

A mensagem é uma alusão à crise energética que se anuncia na Europa após a redução no fornecimento de gás russo por meio do gasoduto Nord Stream 1, em meio à Guerra da Ucrânia.

Moscou diz que a redução foi causada por sanções econômicas do Ocidente, enquanto a União Europeia (UE) afirma que o presidente Vladimir Putin busca promover uma “chantagem energética”.

O cenário fez com que países-membros da UE concordassem em adotar uma meta voluntária de redução de 15% do gás consumido ao longo dos próximos meses de inverno.

Além da beleza das mulheres e da religião, o vídeo menciona também o balé, a arquitetura e a literatura conhecida mundialmente como bons argumentos para que europeus decidam emigrar para a Rússia.

Há ainda menção ao respeito a diferentes culturas -mais de 160 nacionalidades convivem no país, segundo os últimos dados públicos-, ainda que a guerra tenha despertado críticas sobre conflitos étnicos domésticos até então adormecidos.

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