Quem são os goianos que podem ter financiado atos antidemocráticos em Brasília

Homens são suspeitos de contratar ônibus para levar extremistas até a capital federal

Emilly Viana Emilly Viana -
Yres Guimarães é um dos suspeitos de contratado ônibus para levar bolsonaristas extremistas a Brasília. (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
Yres Guimarães é um dos suspeitos de contratado ônibus para levar bolsonaristas extremistas a Brasília. (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça nesta terça-feira (14) a condenação definitiva dos acusados de financiar os atos antidemocráticos, realizados em Brasília no dia 08 de janeiro. Em Goiás, dois nomes aparecem na lista: Yres Guimarães, morador de Rio Verde, e Rafael da Silva, de Catalão.

De acordo com a AGU, os goianos são suspeitos da terem contratado ônibus para levar bolsonaristas extremistas até a capital federal. Agora, o pedido da AGU é para que a Justiça Federal no Distrito Federal faça a conversão da ação cautelar em ação civil pública. Com isso, os prejuízos causados ao erário seriam, de fato, ressarcidos.

Yres tem 53 anos e é caminhoneiro. Ele também aparece em uma relação de nomes que receberam valores do auxílio emergencial do Governo Federal. Entre os meses de abril e setembro de 2020, segundo dados do Portal da Transparência do Governo Federal, o suspeito obteve R$ 3 mil da ajuda relacionada à crise da pandemia.

Nas redes sociais, o homem ostenta publicações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de vídeos com informações falsas sobre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também chegou a compartilhar mensagens relacionadas aos acampamentos antidemocráticos instalados em frente aos quartéis para contestar o resultado das eleições, e que foram desmontados pelas forças de segurança após os ataques em Brasília.

Em nota à imprensa, os advogados de Yres afirmam que não há nenhuma ligação do cliente com os fatos ocorridos em 08 de janeiro. De acordo com a defesa, o nome do caminhoneiro aparece como contratante do ônibus, mas ele teria “apenas fornecido seus dados para viagem, sendo usado indevidamente”.

Já Rafael da Silva, embora responda como morador de Catalão na lista da AGU, não é encontrado na residência. O suposto financiador também recebeu auxílio emergencial do Governo na pandemia, em cerca de R$ 5,2 mil. Conforme informações do Portal da Transparência, ele teria recebido os valores a partir de um outro endereço, em Minas Gerais. A defesa de Rafael não foi localizada pela reportagem, mas o espaço segue aberto para manifestação.

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