Quem são os goianos que podem ter financiado atos antidemocráticos em Brasília
Homens são suspeitos de contratar ônibus para levar extremistas até a capital federal

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça nesta terça-feira (14) a condenação definitiva dos acusados de financiar os atos antidemocráticos, realizados em Brasília no dia 08 de janeiro. Em Goiás, dois nomes aparecem na lista: Yres Guimarães, morador de Rio Verde, e Rafael da Silva, de Catalão.
De acordo com a AGU, os goianos são suspeitos da terem contratado ônibus para levar bolsonaristas extremistas até a capital federal. Agora, o pedido da AGU é para que a Justiça Federal no Distrito Federal faça a conversão da ação cautelar em ação civil pública. Com isso, os prejuízos causados ao erário seriam, de fato, ressarcidos.
Yres tem 53 anos e é caminhoneiro. Ele também aparece em uma relação de nomes que receberam valores do auxílio emergencial do Governo Federal. Entre os meses de abril e setembro de 2020, segundo dados do Portal da Transparência do Governo Federal, o suspeito obteve R$ 3 mil da ajuda relacionada à crise da pandemia.
Nas redes sociais, o homem ostenta publicações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de vídeos com informações falsas sobre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também chegou a compartilhar mensagens relacionadas aos acampamentos antidemocráticos instalados em frente aos quartéis para contestar o resultado das eleições, e que foram desmontados pelas forças de segurança após os ataques em Brasília.
Em nota à imprensa, os advogados de Yres afirmam que não há nenhuma ligação do cliente com os fatos ocorridos em 08 de janeiro. De acordo com a defesa, o nome do caminhoneiro aparece como contratante do ônibus, mas ele teria “apenas fornecido seus dados para viagem, sendo usado indevidamente”.
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Já Rafael da Silva, embora responda como morador de Catalão na lista da AGU, não é encontrado na residência. O suposto financiador também recebeu auxílio emergencial do Governo na pandemia, em cerca de R$ 5,2 mil. Conforme informações do Portal da Transparência, ele teria recebido os valores a partir de um outro endereço, em Minas Gerais. A defesa de Rafael não foi localizada pela reportagem, mas o espaço segue aberto para manifestação.