PF investiga recrutamento de adolescentes para o Estado Islâmico

Brasileiro preso em de junho deste ano recrutava adolescentes, por meio de aplicativos de mensagem, para também promoverem e integrarem a organização terrorista

Folhapress Folhapress -
PF investiga recrutamento de adolescentes para o Estado Islâmico
Passageiros observam o movimento de aeronaves no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos – (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)

FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (10), sendo dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro, em investigação que busca novas provas de possíveis recrutamentos de adolescentes para integrarem a organização terrorista do Estado Islâmico.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Belo Horizonte.

Segundo a investigação, o brasileiro preso em 11 de junho deste ano, no portão de embarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, prestes a viajar ao exterior para se juntar ao Estado Islâmico, recrutou adolescentes, por meio de aplicativos de mensagem, para também promoverem e integrarem a organização terrorista.

De acordo com a PF, a atuação do homem preso trata-se de crime de corrupção de menores, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, na medida em que prevê a prática do crime no ambiente virtual, cuja pena é de um a quatro anos de reclusão para cada jovem recrutado. Como a conduta visou induzir os menores a cometer infrações previstas na Lei de Terrorismo, considerada como crime hediondo, as penas são aumentadas em um terço.

O QUE É O ESTADO ISLÂMICO

O Estado Islâmico é um grupo radical sunita, uma das vertentes do islamismo, que atua em áreas da Síria e do Iraque.

O grupo foi criado a partir da vertente iraquiana da Al-Qaeda, responsável por planejar e executar os ataques de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.

Sua fundação começou com a queda de Saddam Hussein no Iraque e cresceu depois da guerra civil na Síria, quando seus membros se uniram aos rebeldes contra o governo de Bashar al-Assad.

O grupo domina territórios, persegue minorias religiosas e realiza ataques terroristas em diversos países.

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