A luta dos professores da UEG por dignidade!
Precisamos construir uma universidade autônoma, produtiva e pujante
Os professores da UEG decidiram deflagrar greve a partir do dia 1° de março, fato que ocorre após a falta de diálogo com o governo estadual. Mas esse momento é apenas o epicentro de uma universidade que sempre foi tratada de maneira menor, sem valorização e autonomia.
Os professores pedem acesso à proposta de Plano de Carreiras, mais diálogo sobre o tema e a extinção do quadro de vagas que limita as progressões por titulação e impede que os docentes recebam conforme sua qualificação (doutores, pós-doutores e mestres). Imagine o que é dedicar décadas da sua vida para concluir um doutorado e receber como especialista!
É impossível construir uma universidade potente sem valorização profissional e a UEG caminha a passos muito lentos, haja vista o grande número de pesquisadores que já deixaram a universidade pela desmotivação.
É imprescindível que o governo estadual abra diálogo e compreenda as necessidades para a construção de uma UEG autônoma, produtiva e pujante. Isso passa diretamente por investimento, custeio e reestruturação de carreiras.
Nos corredores do mundo acadêmico sempre ouvimos dizer que o que a UEG tem de melhor é seu quadro de pessoal, sua comunidade acadêmica, gente que veste a camisa, que mesmo com o abandono estatal, faz a diferença!
Marcos Carvalho é professor, psicólogo e servidor público federal. Atualmente, vereador em Anápolis pelo Partido dos Trabalhadores. Escreve todas às terças-feiras. Siga-o no Instagram.