Especialista goiano explica como evitar golpes com inteligência artificial na hora da compra

Criminosos têm utilizado tecnologia para enganar consumidores pelas redes sociais

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Especialista goiano explica como evitar golpes com inteligência artificial na hora da compra
Golpes com inteligência artificial têm sido aplicados principalmente pelas redes sociais. (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

Nesta sexta-feira (15), será celebrado o Dia do Consumidor, marcado por promoções e liquidações em diversos comércios. No entanto, a data também se torna um prato cheio para os golpistas, que estão utilizando até mesmo de Inteligência Artificial (IA) para enganar compradores.

Ao Portal 6 o especialista em cibersegurança Tiago Sabino explicou que criminosos têm se apropriado da tecnologia cada vez mais para tornar as tentativas de fraude mais eficazes, principalmente pelas redes sociais.

“Já se vem usando IA há algum tempo em algumas atividades do cotidiano, facilitando várias ações. Só que, agora, os bandidos têm usado para otimizar a distribuição de textos, campanhas, imagens, transformar o áudio de uma pessoa para algo que ela não disse”.

Dessa forma, podem existir situações em que um farsante apareça como alguém conhecido, utilizando a imagem ou até mesmo da voz copiada dele para pedir dinheiro e enganar a vítima.

“Para evitar golpes de IA, a Polícia Civil (PC) indica hoje em dia que se tenha uma senha ou frase familiar e, antes de transferir algum valor, citar a palavra ou senha, para comprovar que do outro lado é realmente seu amigo, parente, etc”.

Até mesmo celebridades, como a Anitta ou o médico Dráuzio Varella, têm as imagens e vozes adulteradas, no intuito de ludibriar os consumidores – por meio de um artifício chamado deep fake.

Assim, muitas pessoas caem, por exemplo, em sites falsos com promoções surreais, como um celular de R$ 5 mil sendo vendido por R$ 800.

No entanto, ao colocar os dados do cartão para adquirir o suposto produto, as informações são copiadas pelos golpistas, e podem ser utilizadas para realizar compras indevidas, sem o conhecimento do usuário.

Sendo assim, Tiago faz um alerta para que os consumidores fiquem muito atentos com itens extremamente baratos e com os endereços eletrônicos onde encontram essas ofertas.

“É muito comum que os criminosos ‘clonem’ um site famoso, fazendo ele praticamente igual, mas com uma ligeira mudança no nome, por exemplo, um “1” no lugar de uma letra “i”. Por isso, é importante sempre desconfiar”.

Outros alertas

Além das novas formas de golpes virtuais, Tiago Sabino apontou que ainda existes tipos mais ‘populares’ e conhecidos de fraudes no ambiente digital.

A mais comum seria o phishing, que são aquelas típicas mensagens de celular ou e-mails, avisando sobre premiações ou dívidas falsas que a pessoa teria contraído, pedindo dados pessoais ou da conta de banco para supostamente resolver essa questão.

“Em quase 100% das vezes, a própria vítima é quem passa as informações, seja por ligação, site falso, mas quase sempre é através das redes sociais. Por isso, tem que ficar sempre desconfiado e checar a veracidade dessas informações em sites oficiais”.

O especialista em cibersegurança também destacou que, em lojas físicas, é importante que os consumidores sempre mantenham o cartão por perto e procurem protegê-lo do olhar alheio, para que golpistas não tenham acesso à senha de proteção.

Por fim, ele alertou que, se estiver em um local com grande fluxo de pessoas, o ideal é desativar o pagamento por aproximação, “pois alguém pode chegar e aproximar uma maquininha de surpresa, efetuando compras de baixos valores e te prejudicar”.

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