“Foco principal é tornar a cidade mais justa e com melhor qualidade de vida”, diz Lisieux, pré-candidato a prefeito de Anápolis
Vereador do PSB é o convidado da semana do '6 perguntas para'
Lisieux José Borges, pré-candidato a prefeito de Anápolis pelo PSB, coloca a atuação técnica e propositiva no Legislativo, como credenciais para disputar a Prefeitura. O vereador é entrevistado da semana do ‘6 perguntas para’.
À Rápidas, ele afirma que, apesar de filiação anterior ao PT, se posiciona como um político de centro, focado em questões pragmáticas e afastado da polarização ideológica.
O pré-candidato enfatiza a importância de priorizar o debate sobre as demandas reais da população de Anápolis, buscando soluções para os problemas enfrentados pela cidade.
Quanto à possibilidade de alianças, Lisieux descarta a ideia de uma dobradinha entre PSB e PT em Anápolis, tal como ocorreu com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin na última eleição presidencial.
Para o vereador, a importância é discutir questões locais, em detrimento das alianças partidárias. Como plataforma de governo que vai apresentar, diz que o foco principal será tornar Anápolis mais justa e com melhor qualidade de vida.
6 perguntas para Lisieux José Borges
1. Você se filiou ao PSB e é o pré-candidato a prefeito pelo partido. Quais os pontos positivos da sua atuação no Legislativo que o credenciam disputar a Prefeitura?
Lisieux José Borges: Até pela minha formação como engenheiro, sempre procurei atuar de forma técnica e propositiva. Mas todo o tempo, nos três mandatos consecutivos, fui guiado pela minha sensibilidade de homem que tem origem humilde. Apresentei ideias e soluções viáveis ao Executivo. Muitas delas foram acatadas e estão em execução. Percorri todos os setores da Câmara, inclusive a Presidência. Na condição de presidente da Casa, tive a oportunidade de ocupar o Paço Municipal interinamente. Acredito que ninguém compreende melhor as demandas da população do que um vereador no exercício do mandato.
2. A eleição em Anápolis começa polarizada entre esquerda e direita e você esteve filiado ao PT por décadas. Em qual espectro político você se identifica atualmente?
LJB: Apesar de filiado a um partido de esquerda, sempre mantive uma postura aberta ao diálogo com outros setores. Meu posicionamento tende a ser mais de centro e, em algumas ocasiões, até mesmo alinhado com ideias de direita. Essa abordagem moderada era reconhecida, inclusive, pelo meu antigo partido. É assim que nos identificamos atualmente, fora dessa tendência de polarização partidária. Essa polarização prejudica o debate que realmente interessa, que é sobre as demandas e necessidades da população de Anápolis. Esse é o nosso foco.
3. Qual seu diferencial em relação aos demais pré-candidatos que hoje se apresentam?
LJB: Minha formação, a experiência empresarial atuando ao lado da indústria e comércio do município e também o trabalho social que aprendi com os meus pais. Trago ainda a experiência de vereador atuante em um gabinete que recebe toda sorte de demandas do município. Enquanto alguns argumentam que agora vão conversar com a cidade, nós já estamos na rua há muito tempo procurando conhecer os problemas e oferecer soluções. E é isso que vamos continuar fazendo no mandato de prefeito.
4. Geraldo Alckmin, do PSB, é vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Toparia repetir a dobradinha aqui se houvesse convite de Antônio Gomide?
LJB: Não vejo como razoável essa proposta e nunca vislumbrei essa possibilidade. Não é algo do meu interesse. Entretanto, atuo por um partido e qualquer proposta trazida pela cúpula deve ser ouvida e avaliada. A princípio, reforço, não tenho disposição para isso.
5. Qual avaliação você faz das gestões Roberto Naves, Ronaldo Caiado e Luiz Inácio Lula da Silva?
LJB: Todo prefeito deixa um legado e o Roberto Naves não é exceção. Ele desenvolveu um trabalho relevante em alguns setores. Mas precisamos ser realistas. Anápolis tem problemas sérios, especialmente na área da saúde. Na questão da mobilidade urbana também. Estamos muito atrasados quanto a soluções em infraestrutura. Ou seja, precisamos melhorar muito.
Em relação ao governador, é inegável que ele tem realizado investimentos em várias áreas e obtido índices positivos em segurança, por exemplo, o que é relevante. No entanto, na perspectiva de Anápolis, acredito que poderia haver uma maior atenção, especialmente quanto à representatividade política. A cidade já teve maior destaque junto ao governo e a falta desse espaço tem levado a algumas perdas, entre elas a de indústrias para outros municípios. Além disso, a questão da energia elétrica também merece atenção, pois a falta de investimento da concessionária está atrapalhando nosso desenvolvimento. É papel do governo cobrar mais incisivamente essa melhora.
Sobre o governo Lula, talvez seja cedo para avaliar. Mas tem me decepcionado em muitos aspectos. Observo que ainda patina e não trouxe respostas a algumas demandas importantes para o brasileiro. Espero que melhore sua performance pelo bem do País.
6. Como está a construção da sua plataforma de governo?
LJB: A plataforma de governo é ampla, com ações em diferentes áreas da administração. O foco principal é tornar a cidade mais justa e com melhor qualidade de vida. Pretendemos elevar o IDH do município, investindo fortemente na educação fundamental e pressionando o Estado a fazer o mesmo. Queremos aprimorar o setor de saúde, especialmente o primeiro atendimento, que precisa ser expandido. Hoje, só temos a UPA como opção. Buscaremos parcerias com a rede privada para subsidiar esses serviços.
Precisaremos enfrentar o déficit orçamentário com responsabilidade e firmeza. Ele já vem aumentando e, considerando as obras em andamento, financiadas por empréstimos, será ainda mais significativo nos próximos anos.
Vamos remover obstáculos do Plano Diretor para incentivar empreendedores a permanecerem na cidade e outros a virem para cá.
Quanto à mobilidade, trabalharemos para criar alternativas periféricas e evitar que o trânsito pesado atravesse o centro da cidade. Planejamos construir alças viárias e subsidiar o transporte coletivo para grupos específicos de trabalhadores.
Também vamos cobrar a verticalização do saneamento básico e exigir agilidade na construção de uma estação elevatória próxima ao Ribeirão Extrema – iniciativa nossa que foi acatada pela concessionária Saneago – conectando-a à rede de tratamento, beneficiando bairros como o Leblon, Industrial Munir Calixto e outros.
Enfim, há muito a ser feito e essas são algumas das ações delineadas.
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*Colaborou Denilson Boaventura