Instrutor de voo fazia uso da alta influência na escola de aviação para assediar vítimas: “pega aqui, estou de p*u duro”

Profissional, que é investigado por importunação, assédio e até mesmo abuso sexual, era conhecido entre alunos pelas brincadeiras de mau gosto

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Instrutor de voo fazia uso da alta influência na escola de aviação para assediar vítimas: “pega aqui, estou de p*u duro”
Crimes aconteciam dentro e fora da instituição. (Foto: Reprodução/Escola Civil de Aviação PLA)

Autoridades de Anápolis investigam Renato Franco, ex-instrutor-chefe da prestigiada Escola Civil de Aviação PLA, suspeito de ter importunado, assediado e até mesmo abusado sexualmente de sete vítimas entre os anos de 2021 e 2023.

Pensando estar assegurado pela alta influência que tinha no local, o professor teria aproveitado os períodos de aula para cometer os crimes enquanto estava com os aprendizes em pleno voo.

O Portal 6 teve acesso a documentos que detalham os atos praticados pelo suspeito durante o período, nos quais envolvem aliciações e constrangimentos em público.

Além dos abusos durante as aulas, Renato também teria realizado “confraternizações” com os alunos, nas quais fazia ‘brincadeiras’ de mau gosto, como passar a mão nas partes íntimas deles.

Em algumas situações, os próprios aprendizes teriam presenciado o profissional beijando à força outros dois colegas de classe.

Eles ainda recebiam constantes investidas, quando o instrutor os chamava para “sentar no colo” e até mesmo para “transar ali no mato”. “Pega aqui, estou de p*u duro” teria sido outra afirmação alarmante do professor durante as aulas de voo.

Eram constantes as aproximações, sendo que, em certas ocasiões, Renato teria até mesmo ‘obrigado’ os jovens a acariciarem as partes íntimas dele, indicando estar excitado.

Dessa forma, após recorrentes reclamações, a própria instituição decidiu realizar as denúncias para a Polícia Civil (PC).

O profissional é investigado pela PC desde maio de 2022 e teve recentemente a denúncia aceita, se tornando réu, pela juíza titular da 3ª Vara Criminal de Anápolis, Edna Maria Ramos da Hora.

O espaço para a defesa se pronunciar está aberto.

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