Polícia Civil abre investigação sobre queda da Voepass e usa antidrone para preservar local

Todos os dados da caixa-preta já foram extraídos e relatório preliminar da apuração deverá ser concluído em 30 dias

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Polícia Civil abre investigação sobre queda da Voepass e usa antidrone para preservar local
(Foto: Reprodução)

CLAYTON CASTELANI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Delegacia de Vinhedo (SP) instaurou inquérito policial para investigar a queda do avião da Voepass que matou 62 pessoas na cidade do interior paulista, informou na tarde deste domingo (11) a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). Diligências que estão em andamento buscam respostas para o acidente.

Prestam apoio na preservação do local da tragédia agentes penitenciários da região de Campinas (SP) que operam equipamentos antidrone. Segundo boletim do governo estadual, o auxílio foi necessário para impedir que drones não autorizados sobrevoem a área.

Ainda no fim da noite de sábado (10), o Corpo de Bombeiros concluiu o resgate dos corpos em Vinhedo. Os destroços permanecem no local sob responsabilidade do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Os dois gravadores de voo, chamados de caixa-preta, foram levados para Brasília (DF). Todos os dados já foram extraídos e o relatório preliminar da apuração deverá ser concluído em 30 dias.

A aeronave caiu na tarde de sexta-feira (9) no gramado de uma casa dentro de um condomínio residencial com 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo. Não houve sobreviventes. Inicialmente, a companhia aérea havia contado 61 vítimas, mas corrigiu o número neste sábado.

Até as 17h deste domingo, ao menos 12 corpos tinham sido identificados e um deles liberado para os familiares.

Outros sete devem ter o processo finalizado ainda neste domingo. As famílias são as primeiras a serem comunicadas sobre o avanço dos trabalhos de reconhecimento.

A identificação das vítimas ocorre na unidade central do IML (Instituto Médico Legal), na região central da capital paulista.

Segundo o governo, cerca de 40 famílias de vítimas já prestaram informações para subsidiar o trabalho do IML.

Parentes diretos forneceram também material biológico e deixaram contatos para posterior comunicação da identificação.

Outros 17 familiares foram atendidos em Cascavel (PR) e a documentação deles é esperada ainda neste domingo (11) em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.

O IML Central foi direcionado para o atendimento exclusivo ao caso. A unidade recebeu todos os 62 corpos das vítimas do acidente aéreo. A unidade conta com cerca de 40 profissionais entre médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia auxiliando nos trabalhos.

O estado de São Paulo decretou na sexta-feira luto oficial de três dias em homenagem às 62 vítimas que estavam em um voo de Cascavel (PR) com destino ao aeroporto de Guarulhos, sendo 34 homens e 28 mulheres.

A queda do avião em Vinhedo está entre os dez desastres aéreos mais mortais a ocorrer em território nacional. O mais letal aconteceu em 17 de julho de 2007, nos arredores do aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, e causou 199 mortes. O voo 3054 da TAM tinha partido de Porto Alegre com 187 pessoas a bordo.

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