18 pessoas são condenadas em esquema que utilizava advogados como “garotos de recado” do crime em Goiás

Caso veio à tona em 2022, após investigação da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP)

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Imagem aérea de Presídio de segurança máxima de Planaltina. (Foto: Divulgação)

A juíza Placidina Pires, titular da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores de Goiânia, condenou 18 integrantes de um grupo criminoso, que mesmo dentro do presídio de segurança máxima de Planaltina de Goiás, utilizavam advogados como “garotos de recado” para gerir atividades da organização.

Eles foram condenados pelos crimes de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. As penas variam entre 06 e 13 anos de reclusão, em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.

O esquema veio à tona em setembro de 2022, após investigação da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), que resultou na captação de conversas, mediante autorização judicial, entre os detentos e profissionais da advocacia.

Assim, foi revelado que os advogados atuavam na comunicação da organização criminosa, levando e trazendo informações a respeito das atividades do tráfico de drogas.

À época, o delegado da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), Thiago Martimiano, afirmou que eram selecionados profissionais em início de carreira, sendo cooptados com grandes quantias de dinheiro para realizar o “serviço”. As cifras chegavam à casa dos R$ 20 mil por mês.

Conforme o portal especializado Rota Jurídica, os 16 advogados envolvidos no esquema foram condenados, em sentença proferida em agosto de 2023, a penas que variam de 08 anos e 01 mês a 10 anos e 03 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado.

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