Jovens da Geração Z se destacam no mercado de trabalho e conquistam rendimentos de mais de R$ 10 mil
Ao Portal 6, profissionais revelam rotina e o que fazem para conquistar altas remunerações
Se a preguiça, comprometimento insuficiente, forte desejo de autonomia e flexibilidade ou desconexão com a realidade são alguns comportamentos atribuídos aos integrantes da Geração Z, aqueles nascidos entre 1995 e 2010, alguns jovens destoam dessa pecha e se destacam no mercado de trabalho.
Ghustavo Costa, de 23 anos, é a prova de que a pouca idade não é um termômetro no que se refere a uma bem sucedida carreira profissional.
Natural de Goiânia, onde mora, ele decidiu investir de cabeça no ramo do marketing digital em meados de 2017, ainda quando tinha 16 anos. O objetivo era somente um: alcançar a independência financeira.
“Desde de 2017, por aí, eu mexo com o marketing. Eu sempre quis trabalhar com a internet. Queria ter liberdade, queria poder ajudar meus pais e queria ter dinheiro”, afirma em entrevista ao Portal 6.
Em 7 anos, os resultados se mostram promissores na vida de Ghustavo, que afirma conseguir faturar uma média de R$ 9 mil até R$ 12 mil, apenas com o segmento e sem ter formação. Boa parte da rotina profissional é feita dentro de casa, em frente a uma tela de computador, onde a ‘magia’ costuma acontecer.
“Eu acordo, tomo um café, leio 10 páginas de um livro. Dia sim e dia não, eu medito. Entro no computador e vejo o que a concorrência está fazendo, fico 1 ou 2 horas, pergunto para os clientes como estão as vendas e dou novas instruções para gravar vídeos para novos anúncios. Às vezes vou nas lojas perguntar e ajudar a gravar vídeos novos, me manter atualizado. O cliente me manda os materiais, eu faço anúncio e finalizo”, destaca.
Mas ele reforça que a área funciona como uma espécie de gangorra e exige permanente atualização e criatividade. “As vantagens é que tem potencial de crescimento gigantesco, liberdade geográfica, tanto que em janeiro eu vou começar a viajar para outros países, e ganhos ilimitados. Mas de desvantagens é preciso se reinventar diariamente, não se pode ter medo e nem ser acomodado. […] Meu plano é viajar, conhecer pessoas que ganham mais que eu e evoluir”, explica.
Para o jovem advogado Marcelo Magalhães Mesquita, a trajetória é ainda mais recente e começou em 2019, quando cursava Direito e começou a atuar em um escritório como estagiário. As portas abertas dentro da empresa aliada às oportunidades de crescimento são, para ele, o principal motivo de sucesso na área.
Hoje com 26 anos, ele possui um escritório próprio e alcançou a independência financeira – sonho que tinha desde que havia alcançado a maioridade. Conquistando uma remuneração acima de R$ 15 mil por mês, o jovem garante estar realizado profissionalmente.
“Eu dei muita sorte de estar num escritório que me valorizou, porque quando eu entrei em 2019, como estagiário, eles poderiam simplesmente me pagar um salário fixo e me tratar como funcionário, com crescimento dentro de um plano de carreira, mas eles optaram por me dar a chance de virar um ótimo profissional, me remuneravam conforme causas atuadas, me proporcionavam percentuais em clientes e me deram grandes oportunidades, não apenas financeiras, mas chances de atuar em casos grandes, de tocar as estratégias, ponto esse que foi responsável por grande parte do meu crescimento e que foi o que me deu a possibilidade e a maturidade para hoje, por exemplo, poder ter meu próprio escritório”, destacou.
Recentemente em Portugal para realização de um mestrado, Marcelo afirma que a rotina – por vezes – não tem hora para acabar a depender dos serviços. Normalmente, o início do trabalho é às 07h30 e segue até às 17h30, em dias normais. Em alguns finais de semana, quando necessário, a rotina se estende até às 13h.
Dentro dessa jornada, ele ressalta que a intenção é crescer ainda mais e proporcionar a mesma oportunidade que lhe foi dada a outros profissionais.
“A minha intenção é crescer, obviamente com o escritório, crescer como profissional e também proporcionar o que me proporcionaram, porque ninguém cresce sozinho”, reforça.