Antes de sair da Prefeitura, Roberto quer entregar hospital no Leblon e UPA da Mulher para OS’s
Obras podem não ficar prontas antes do fim do ano e novo prefeito ficaria de mãos atadas
Rápidas teve acesso a documentos da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) que mostram a intenção da Prefeitura de Anápolis de contratar, até dezembro deste ano, em caráter emergencial, organizações sociais (OS’s) para administrar o Hospital Municipal George Hajjar (que está sendo construído no Leblon) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Mulher, (erguida no terreno do antigo Hospital Municipal Jamel Cecílio).
Nesta modalidade de contratação não há o lançamento de edital ou processo seletivo para seleção, mas sim uma escolha unilateral por parte do Poder Executivo, a exemplo do que aconteceu no Hospital Municipal Alfredo Abrahão, em 2021, quando a ungida foi a Fundação João Paulo II, do Pernambuco.
O mais provável é que nenhuma das duas obras sejam concluídas até o final de 2024, quando encerra o mandato do prefeito Roberto Naves (Republicanos). Diante deste cenário, o próximo prefeito Márcio Corrêa (PL) terá duas opções: manter a decisão do atual chefe do Executivo ou romper o contrato posteriormente após assumir a gestão.
Essa situação tem alto potencial de gerar problemas para o próximo governo, uma vez que qualquer intervenção no que for decidido agora pode gerar interrupção de atendimentos ou mesmo atraso na entrega dos equipamentos.
Rápidas apurou que a equipe de Márcio Corrêa torce para que haja intervenção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCMGO), a semelhança do que ocorreu com o contrato da coleta de lixo, em que foi reconhecido vício na licitação e determinado a suspensão do certame.