Jogo que Roberto quer criar em Anápolis é criticado por conselheiro do TCMGO
Implementação da Lotan foi colocada em xeque por Humberto Aidar
A proposta do prefeito Roberto Naves (Republicanos) de criar a Loteria de Anápolis (Lotan) foi alvo de críticas do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCMGO), Humberto Aidar.
“Eu acho temerário para uma Administração Municipal manter um jogo, uma lotérica. Não consigo entender. Goiânia estava nesse mesmo processo, foi suspenso, e agora a cidade de Anápolis. Me parece mais uma dor de cabeça para a administração ter que lidar com jogo, porque é uma coisa complexa. O tal do jogo não é brinquedo. Para o município, eu tenho lá minhas dúvidas sobre o êxito e o retorno financeiro ao criar uma loteria”, afirmou Aidar.
Na última terça-feira (17), o conselheiro Sérgio Cardoso concedeu uma medida cautelar determinando a suspensão da assinatura do contrato entre a Prefeitura de Anápolis e o Consórcio MRAV, que havia vencido a outorga de concessão da Lotan com uma proposta de R$ 1,7 milhão.
Segundo o relator, a Prefeitura de Anápolis poderia cobrar um valor mínimo maior que os R$ 746 mil previstos no edital, considerando o período de 20 anos. De acordo com o estudo econômico-financeiro do projeto, o valor justo seria entre R$ 7,8 milhões e R$ 10 milhões.
Assim, o montante de R$ 1,7 milhão arrematado pode configurar um possível dano ao erário.
Outro ponto destacado por Sérgio Cardoso foi o fato de a licitação ter sido realizada no final do mandato de Roberto Naves, o que cria compromissos para a próxima gestão, que será comandada por Márcio Corrêa (PL).
Para onde vai o dinheiro arrecadado com a Lotan?
Conforme publicado no Diário Oficial do dia 21 de novembro, a Prefeitura de Anápolis informou que os recursos arrecadados pela Lotan seriam destinados ao Instituto de Seguridade Social de Anápolis (ISSA), a investimentos em esportes, cultura e turismo, além de cobrir os custos operacionais da própria loteria e o pagamento dos prêmios.