Um menino de 10 anos, morador de Anápolis, foi reconhecido pela Mensa, organização internacional para pessoas com altas habilidades, por possuir um QI de 133. Esse índice o coloca acima de 98% da população mundial, superando a média brasileira de 86.
Em entrevista ao Portal 6, Eliete Souza Santana, mãe do pequeno João Victor e professora universitária, recordou os primeiros sinais de destaque do filho.
“Com 2 anos, ele já sabia ler os nomes de todos os colegas da sala. Achei que fosse memória fotográfica, porque ninguém pensa que terá um filho superdotado”, explicou. Aos quatro anos, o garoto já lia livros inteiros e resolvia cálculos avançados. “Ele dizia que a escola estava ensinando coisas de bebê e não queria mais ir”, revelou.
O reconhecimento formal veio através de testes psicológicos que confirmaram o QI de 133. Esse número é compatível com personalidades como Bill Gates, cujo QI é estimado em 140. Embora não alcance os patamares de Albert Einstein e Stephen Hawking, em 160, o garoto está em um grupo seleto de apenas 2% da população mundial.
Além do desempenho acadêmico, o menino demonstra habilidades variadas. Com o sonho de participar de olimpíadas científicas, destaca-se em matemática e xadrez e, em pouco tempo de aulas de música, aprendeu a tocar partituras.
Eliete também relatou que ele estuda diariamente, mesmo durante as férias, utilizando plataformas online que complementam o aprendizado. “O foco dele agora são as olimpíadas científicas, e ele sonha em ganhar medalhas e cursar Harvard”, comentou.
A Mensa, maior e mais antiga entidade do seguimento do mundo, proporcionou ao garoto contato com outras crianças com habilidades semelhantes, fortalecendo o desenvolvimento. Para Eliete, esse ambiente tem sido crucial. “É um espaço onde ele pode ser orientado e se sentir compreendido, algo que faz muita diferença na vida dele”, afirmou.

Comprovante do teste de QI e da colocação acima de 98% da população brasileira, dada pela Mensa. (Foto: Reprodução)
Apesar das conquistas, a superdotação trouxe desafios. O menino foi reclassificado do 5º para o 6º ano após laudos atestarem altas habilidades, mas isso acabou complicando a entrada em um colégio militar de Anápolis. O prazo para o sorteio de vagas foi perdido e, mesmo com a abertura para preenchimento por mérito acadêmico, não houve aceitação.
A família segue buscando alternativas para garantir uma educação adequada. “Estamos falando de uma criança com habilidades comprovadas. Ele merece um ambiente que o estimule e valorize”, desabafou Eliete. Enquanto isso, o garoto continua focado em estudos e competições, determinado a alcançar objetivos acadêmicos.