Fernanda Torres é ‘diva pé no chão’ em capa da revista The Hollywood Reporter
Veículo ainda chama a atenção para os bons números que Ainda Estou Aqui vem fazendo nas bilheterias


Fernanda Torres foi capa da revista americana The Hollywood Reporter, uma das mais importantes publicações de cinema no mundo, neste fim de semana. Sob o título “Fernanda Torres já ganhou”, a reportagem fala de seu caminho rumo ao Oscar e do sucesso de Ainda Estou Aqui no Brasil.
“Todo o Brasil vai sintonizar na noite do Oscar, ‘como a chegada à Lua’, para ver se ela vence o prêmio de melhor atriz. Mas para a estrela de Ainda Estou Aqui, chamar a atenção do mundo para um trauma nacional reprimido por anos é o verdadeiro triunfo”, diz a revista ainda na capa.
Acompanhada por um ensaio de fotos clicadas por Beau Grealy, a matéria do jornalista Seth Abramovitch abre chamando Torres de “diva pé no chão”, descrevendo a chegada da atriz à entrevista, em Los Angeles.
“Ela acaba de voltar de Lisboa. Suas últimas memórias da cidade são de janeiro, quando ela surpreendeu apostadores e a si mesma vencendo o Globo de Ouro”, afirma o texto.
Torres lembrou da noite e citou a emoção que sentiu ao ver atrizes como Kate Winslet, Tilda Swinton e Nicole Kidman, que ela não conhecia pessoalmente, aplaudindo sua vitória.
Mas então o sonho foi interrompido pelos incêndios que engoliram a cidade de Los Angeles, diz a publicação.
A The Hollywood Reporter ainda chama a atenção para os bons números que Ainda Estou Aqui vem fazendo nas bilheterias, tanto no Brasil quanto lá fora. Por aqui, o filme de Walter Salles acaba de bater cinco milhões de público.
“Mais do que um sucesso de bilheteria, porém, Ainda Estou Aqui serviu como uma terapia em grupo para o país de mais de 200 milhões de habitantes, confrontando de forma corajosa traumas nacionais”, afirma o jornalista antes de Torres chegar ao tema do longa, que acompanha Eunice Paiva, advogada e ativista que teve o marido, Rubens Paiva, morto pela ditadura militar.
“Nós não falamos sobre isso. É algo muito brasileiro, varrer os problemas para baixo do tapete”, disse Torres em relação à violência praticada pelo Estado durante a ditadura militar.