SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um júri no Tribunal da Coroa de Oxford considerou dois homens culpados nesta terça pelo roubo e pela venda de um vaso sanitário dourado, uma obra de arte de Maurizio Cattelan avaliada em cerca de 6 milhões de dólares, aproximadamente R$ 34 milhões. O italiano é mais conhecido pela sua banana presa com uma fita adesiva na parede, leiloada no ano passado por R$ 36 milhões.
O vaso sanitário de ouro de 18 quilates intitulado America (2016) foi desmontado como parte de uma operação de cinco minutos apenas dois dias após ser exibido publicamente. A peça foi apresentada em uma exposição do trabalho do artista no Palácio de Blenheim, um castelo do século 18 e casa da família de Winston Churchill.
Após um julgamento de três semanas em Oxford, um júri considerou Michael Jones, 39, culpado de roubo, e Fred Doe, 36, culpado de conspiração para converter ou transferir propriedade criminosa.
Um terceiro, James Sheen, de 40 anos, já havia se declarado culpado em uma audiência anterior de roubo, transferência de propriedade criminosa e conspiração para transferir propriedade criminosa. A polícia encontrou o DNA de Sheen em uma marreta deixada na cena do crime e centenas de fragmentos de ouro em suas calças de moletom.
Todos os três homens serão sentenciados em uma data posterior.
Jones teria visitado o Palácio de Blenheim duas vezes -uma antes do vaso ser exibido e outra depois que ele foi instalado. Na primeira visita, teria tirado fotos de dentro do prédio da janela que os ladrões usaram para entrar no palácio. Na segunda, um dia antes do ataque, ele teria fotografado o banheiro, a fechadura da porta do banheiro e a mesma janela, do lado de fora.
Por volta das 5h de 14 de setembro de 2019, Sheen e os cúmplices dirigiram dois veículos roubados pelos portões trancados do palácio. Conforme imagens das câmeras de segurança, o grupo usou marretas e pés de cabra para invadir o palácio e remover o banheiro. Eles o colocaram na parte de trás de um dos veículos e fugiram.
Nos dias seguintes ao roubo, Sheen contatou Fred Doe para vender o ouro usando mensagens codificadas. A dupla discutiu um pagamento de 26.500 libras por quilo de ouro roubado. O vaso não foi recuperado e, segundo um dos promotores, provavelmente foi derretido e vendido.