Obras para construção de viaduto da GO-020 passam por novas suspensões

Trabalhos chegaram a ser iniciados, mas precisaram ser pausados devido a requerimentos de entes afetados

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Obras para construção de viaduto da GO-020 passam por novas suspensões
Obras do novo viaduto da GO-029. (Foto: Silvano Vital/Goinfra)

Após uma série de suspensões e desdobramentos, Goiânia finalmente deve ganhar um novo viaduto dando acesso ao Residencial Jardins Amsterdã, às margens da GO-020, próximo à Senador Canedo.

Com os primeiros passos já encaminhados a partir do mês de fevereiro, a infraestrutura será instalada com recursos da FGR Urbanismo. Apesar disso, determinações do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) pausaram as obras momentaneamente.

O local escolhido, de responsabilidade total da empresa construtora, compreende o espaço entre um novo empreendimento imobiliário, o condomínio Jardins Amsterdã e o Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna.

A escolha teria sido motivada pela movimentação dos futuros moradores do residencial que, com uma área de 295 mil m², abrigaria 255 lotes.

Para isso, seria preciso fazer a desapropriação de 5,1 mil m² de uma área pertencente à Flamboyant Urbanismo Ltda, situada ao lado de um posto de combustível e do Jardins Munique.

No projeto, a alça de acesso sairia da GO-020 pelo sentido Leste, indo até a Avenida Gyn 2, com uma parte do viaduto se elevando acima da rodovia até a Alameda Contorno Sul.

Requerimento

Apesar de um início aparentemente promissor, os trâmites para a construção passaram por uma série de contratempos, mesmo com a autorização prévia da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra).

Publicado em 2021 no Diário Oficial do Município, as obras do viaduto chegaram a ser suspensas pelo MPGO, após requerimentos da Associação Jardins Munique e do Auto Posto Millenium Pit Stop Ltda.

No pedido, os depoentes solicitaram a revisão do projeto, pois, conforme planejado, as obras passariam entre os muros de ambos, em um espaço de aproximadamente 15 metros, o que “afrontaria a segurança de todos”, com eventuais “riscos de explosões e contaminações ambientais, ruído excessivo aos moradores, poluição do ar, impactos à segurança viária e riscos de desmoronamento do muro e de casas”.

Além de também adicionar faixas de ida e vinda, as quais tornariam “impossível” a existência, tanto do posto de combustível quanto da associação.

No requerimento foi enfatizado que “existem inúmeras vias a serem implantadas em locais com amplo espaço, que podem dar vazão ao trânsito que se quer alocar em local onde nitidamente não existem condições técnicas para tanto.”

Suspensão

Após estas manifestações, uma reunião foi realizada entre as partes no dia 10 de março, com presença do promotor Juliano de Barros Araújo, que chegou a questionar a aprovação do projeto, com a construção de uma via de direção no viaduto.

Durante o encontro, o promotor alegou ao O Popular que a ‘solução’ do viaduto não resolveria a questão do tráfego, desaguando todos os veículos no viaduto do Alphaville, gerando ainda mais transtornos.

Assim, com considerações do MPGO, aliadas às da Prefeitura de Goiânia e da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), foi determinado à construtora FGR Urbanismo a apresentação de um novo projeto em até três meses.

Estes devem ser avaliados e aprovados pelos órgãos competentes, dando prosseguimento às obras, que já chegaram a instalar as vigas de sustentação da laje do viaduto.

Enquanto isso, segundo a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET), os trabalhos estão suspensos, sem data prevista para retorno das obras.

Posicionamento

Ao Portal 6, a FGR Urbanismo enviou uma nota com o seguinte posicionamento:

A FGR, através de Termo de Compromisso firmado junto à Prefeitura de Goiânia, desenvolveu e licenciou projeto para a construção de um viaduto na GO-020, reforçando seu compromisso com a infraestrutura e o desenvolvimento das regiões onde atua.

O projeto viabilizará a ligação entre a Avenida Gyn 2 e a Avenida Contorno. Nos últimos anos, passou por processos de licenciamento junto à Prefeitura de Goiânia e à Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). Recentemente, a pedido do Ministério Público, foi solicitada revisão do projeto. Diante disso, ainda não há uma data definida para o início da obra.

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