Sandro Mabel foi salvo por Bruno Peixoto e Prefeitura de Goiânia terá mais tempo para quitar dívidas

Atitude do presidente da Alego está sendo vista como "gesto de nobreza" por colegas e servidores da Casa

Samuel Leão Samuel Leão -
Sandro Mabel foi salvo por Bruno Peixoto e Prefeitura de Goiânia terá mais tempo para quitar dívidas
Bruno Peixoto em coletiva com Sandro Mabel, prefeito de Goiânia. (Foto: Divulgação/ Alego)

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) deve aprovar, em sessão extraordinária nesta quinta (03), a prorrogação do decreto de calamidade financeira da Prefeitura de Goiânia. A vitória, porém, veio após um desastre quase autoinfligido.

Rápidas apurou que o presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), costurou nos bastidores o que Sandro Mabel (UB) havia desfiado em público.

O prefeito, em tom pouco diplomático, ameaçou “queimar” deputados que rejeitassem seu pleito — condicionando apoio eleitoral em 2026 à aprovação. O resultado? Uma assembleia de braços cruzados, pronta para enterrar o projeto só em agosto, após o recesso, com a bênção do TCMGO.

Mabel, então, trocou o fogo pelo desespero e nas últimas horas “suplicou” aos deputados a votação e aprovação do texto.

Virmondes Cruvinel acabou tendo que desistir do Gilmarpalooza

Virmondes Cruvinel (UB), relator do projeto, cancelou sua participação no Fórum de Lisboa, o badalado “Gilmarpalooza”, para assegurar a votação. Um sacrifício? Talvez. Mas indispensável para blindar a manobra que salva Mabel — pelo menos até a próxima crise.

Mabel esqueceu como o Legislativo funciona?

Surpreende que um ex-parlamentar federal como Mabel tenha subestimado o orgulho ferido de seus ex-colegas.

Ameaçar deputados é como jogar gasolina no fogo: o Legislativo adora uma chance de mostrar quem manda.

O prefeito agiu como novato, e Bruno apareceu como o bombeiro de plantão.

Agora é Mabel quem deve para o presidente da Alego

Bruno Peixoto poderia ter deixado o aliado queimar. Afinal, na eleição passada, foi preterido por Caiado (UB) em favor de Mabel. Mas preferiu jogar o jogo longo: salvou o prefeito e, de quebra, consolidou-se como bom articulador de Goiás.

Atitude de Bruno Peixoto está sendo vista por deputados e servidores como “gesto de grandeza”

Muitos lembram que, na eleição municipal passada, Peixoto almejava ser o candidato do União Brasil à Prefeitura de Goiânia, mas foi preterido pelo governador Ronaldo Caiado (UB), que bancou o nome de Sandro Mabel.

Ao invés de guardar ressentimento, Bruno agiu em favor do partido e da capital, demonstrando maturidade política.

Nota 10

Para Câmara de Anápolis, que avança na modernização da TV Legislativa. Sob a presidência de Andreia Rezende (Avante), a Casa buscar levar a programação para o sinal digital.

Nota Zero

Para o vereador Sérgio Ricardo Bueno Araújo (Bom Jardim de Goiás), que trocou o plenário pelo cárcere. Armado em uma festa — ilegalmente —, assassinou um jovem de 21 anos. Um crime que envergonha não só o cargo, mas a própria noção de representação pública.

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