Alvo de investigação por dar bolsas de Medicina para estudantes ricos, Graduação já custou mais de R$ 17 milhões

Programa criado na gestão Roberto Naves repassou cifras milionárias até 2022 e acumula dívidas com instituições de ensino

Samuel Leão Samuel Leão -
Sede da Prefeitura de Anápolis. (Foto: Divulgação)
Sede da Prefeitura de Anápolis. (Foto: Divulgação)

O Graduação, criado em 2019 pela gestão do ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos) para oferecer bolsas de estudo no ensino superior, está agora no centro de uma investigação por suspeitas de fraudes na concessão de benefícios — especialmente em cursos como Medicina.

Rápidas apurou que a Prefeitura de Anápolis repassou R$ 17.768.470,53 para instituições de ensino entre os anos de 2019 e 2022. Valor que faz parte de um montante ainda maior: mais de R$ 24 milhões destinados ao programa desde sua criação.

A partir de 2023, no entanto, a prefeitura interrompeu os pagamentos às instituições particulares e passou a acumular dívidas que somam R$ 7.916.001,75, conforme os dados obtidos pela coluna.

Com a entrada do prefeito Márcio Corrêa (PL), uma auditoria interna foi determinada e acabou revelando inúmeras irregularidades. Diversos beneficiários do programa apresentaram renda incompatível com os critérios exigidos.

Em alguns casos, filhos e filhas de empresários declararam receber apenas três salários mínimos, enquanto mantinham estilos de vida completamente incompatíveis com o perfil de baixa renda, ostentando carros de luxo, viagens e padrões elevados de consumo.

Prefeitura cria nova comissão para apurar fraudes no Graduação

Ainda nesta semana, a Prefeitura de Anápolis criou uma nova comissão para investigar suspeitas de fraudes no Graduação, que concede bolsas de estudo a universitários de baixa renda, principalmente no curso de Medicina.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) e ocorre após a revogação da equipe anterior, dissolvida por determinação do prefeito Márcio Corrêa (PL) por possível ligação de membros com investigados.

Agora, três servidores efetivos — Alaine Alves Valim, Bruno Rios Rolim e Valéria Cristina de Freitas — terão até 30 dias para apurar irregularidades no uso do CadÚnico e possíveis falsificações de endereço e renda. O prazo pode ser prorrogado. O trabalho será sigiloso e deve consubstanciar as investigações já em andamento.

Recorde de 70 mil pessoas do Arraiana deve ser quebrado pela Expoana

Enquanto a edição com maior procura do Arraiana alcançou o somatório de 70 mil pessoas em quatro dias de evento, a Expoana “abriu a porteira” com 35 mil pessoas logo no primeiro dia – metade do total.

O frio e a distância não foram empecilhos para o público. Wesley Safadão, que foi o recordista em edições passadas, contou com aproximadamente 24 mil pessoas, cerca de 10 mil a menos que o show de abertura da Expoana 2025.

Ex-secretário de Cultura de Goiânia se defende de acusação de corrupção

Após ser apontado, pela atual gestão, como suposto responsável pelo esquema de corrupção, envolvendo repasses de emendas para ONGs, o ex-secretário de cultura de Goiânia, Zander Fábio, resolveu se pronunciar.

Segundo ele, não lhe foi dada a oportunidade de apresentar sua defesa e versão dos fatos, além de ressaltar não ter sido propositor e nem executor. Por fim, frisou que a entidade executora tem prazo de 2 anos para prestar contas.

Câmara de Senador Canedo aluga frota milionária para apenas 13 vereadores

A Câmara de Senador Canedo firmou contrato de mais de R$ 1,3 milhão para alugar 39 veículos — incluindo 13 Toyota Corolla e 25 Hilux — mesmo tendo apenas 13 vereadores. A contratação foi assinada pelo presidente da Casa, Anderson Gaúcho (UB), após pregão eletrônico.

A empresa contratada, com sede em Goiânia, ainda fornecerá 2 Polos e 10 vans Renault Master. O gasto gerou críticas e chamou atenção pela desproporção entre a frota e o número de parlamentares.

Nota 10

Para Natanzinho Lima, que esbanjou humildade em entrevista à rádio 105.7 FM e fez a graça do público com um bom show – apesar de curto.

Nota Zero

Para Netflix, que resolveu gravar uma minissérie sobre o acidente radioativo Césio-137 fora de Goiânia.

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