Agosto Lilás e a ligação entre maus-tratos a animais e violência doméstica
Muitas vezes, o sofrimento de um cachorro ou de um gato é apenas o primeiro sinal de que há algo errado dentro daquela casa

Agosto Lilás é um mês de reflexão e ação contra a violência doméstica. E, como vereadora e defensora da causa animal, não posso deixar de trazer à tona uma verdade que muitos ainda desconhecem: a Teoria do Elo.
Essa teoria mostra que maus-tratos a animais e violência contra pessoas, como mulheres, crianças e idosos, estão profundamente conectados. E eu já vi isso acontecer. Muitas vezes, o sofrimento de um cachorro ou de um gato é apenas o primeiro sinal de que há algo errado dentro daquela casa.
Quando protegemos os animais, também estamos protegendo pessoas. Ignorar essa ligação é fechar os olhos para situações que poderiam ser prevenidas. É por isso que defendo que, aqui em Anápolis, as campanhas do Agosto Lilás incluam também ações de combate aos maus-tratos a animais, com uma atuação integrada entre as redes de proteção.
Não podemos tratar a defesa animal e a defesa da mulher como pautas separadas. Elas caminham juntas. Uma denúncia de crueldade contra um animal pode salvar uma vida humana — e já aconteceu em várias cidades do Brasil.
Além disso, acredito que a educação é o caminho mais seguro para quebrar esse ciclo. Quando ensinamos uma criança a respeitar um animal, estamos ensinando a respeitar a vida em todas as suas formas. Por isso, quero levar esse debate para as escolas, para que o respeito e a empatia sejam valores cultivados desde cedo.
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Agosto Lilás é um mês para unir forças. E eu vou continuar lutando para que Anápolis seja uma cidade onde nenhum ser, humano ou animal, sofra com a violência.