Silvye Alves pede desculpas por votar a favor da PEC da Blindagem e anuncia saída do União Brasil
Parlamentar aponta ter sofrido pressão de pessoas influentes do Congresso Nacional para votar a favor do projeto

A deputada federal Silvye Alves (UB) publicou um vídeo nas redes sociais, nesta quinta-feira (18), revelando ter sido pressionada pelo partido, o União Brasil, a vota a favor da PEC da Blindagem e, por isso, agora está de saída da legenda.
No registro, ela remonta o ocorrido, expressando ter sido, inicialmente, contrária à proposta, mas que depois teria cedido e, por isso, está arrependida. Na próxima janela partidária, em 2026, a parlamentar deve realizar a desfiliação e pode buscar outro partido.
“Cometi um erro gravíssimo, na última terça-feira (16), durante a votação da PEC da Blindagem. Eu fui contra tudo aquilo que eu defendo, tudo aquilo que eu acredito, quem me conhece, nesses 28 anos de televisão, sabe o quanto eu detesto bandido, o quanto eu luto para colocar vagabundo na cadeia”, revelou.
Ainda durante o vídeo, Silvye prossegue contando o ocorrido hora após hora, e aproveita para fazer um aceno ao Partido Novo, legenda que teve quatro votos contrários e uma ausência no tema.
“Essa votação começou por volta das 19h e pouco da noite, eu estava inclusive sentada com o pessoal do partido Novo, que foi contra. Eu já sabia que a direita, que a extrema-direita e que o centro votaria a favor dessa PEC, mas eu segui ali o meu sentimento, a minha intuição e votei contra. A partir desse momento eu comecei a receber muitas ligações, de pessoas influentes do Congresso Nacional, se é que vocês me entendem”, contou.
Relatando ter sofrido uma forte pressão e diversas críticas de seus eleitores, especialmente nas redes sociais, ela optou por publicar o vídeo de desabafo com a opção de comentários desativada.
“Ligaram dizendo que eu sofreria retaliações pela votação contra, não sei que tipo de retaliação uma deputada federal poderia sofrer dentro da Câmara dos Deputados, e eu fui covarde, eu cedi à pressão. Por volta de quase 23h eu mudei meu voto”, complementou.
A deputada ainda disse que não teve força para fazer o correto, finalizando o desabafo com um pedido de desculpas “de coração”, apesar do voto já ter sido feito e a proposto, agora, depender apenas da aprovação do Senado para se tornar efetiva.
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