Justiça mantém punição para profissional de Rio Verde que entregou remédio errado de propósito a paciente

Durante o processo, juiz entendeu que empregada tinha intenção de ser demitida para receber as verbas rescisórias

Davi Galvão Davi Galvão -
O maior erro ao tomar remédio que todo mundo faz sem perceber
(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

Uma auxiliar de farmácia de Rio Verde teve a demissão por justa causa mantida na Justiça após ter sido desligada de um hospital da cidade por entregar, de forma proposital, o remédio errado para um paciente. No processo, o juiz entendeu que a empregada cometeu o “erro” conscientemente, com o intuito de ser mandada embora e receber as verbas trabalhistas.

De acordo com o processo, a trabalhadora, com dois anos de experiência na função, deveria separar os medicamentos conforme prescrição médica.

No entanto, em março deste ano, trocou deliberadamente um antibiótico correto por outro fármaco que não tinha relação com o tratamento e não estava prescrito. O hospital a dispensou por justa causa, alegando gravidade da conduta e risco à vida do paciente.

Na ação, a auxiliar alegou que sempre atuava sob supervisão de um farmacêutico e que a penalidade foi arbitrária, já que a responsabilidade final seria da equipe técnica do hospital.

A instituição, porém, sustentou que ela agiu de forma dolosa, enquadrando o caso como mau procedimento.

Durante o processo, ficou comprovado que a própria trabalhadora admitiu, em mensagens e ligações à sua superior, ter trocado o remédio propositalmente para forçar a demissão e receber verbas rescisórias.

A testemunha, farmacêutica responsável, confirmou em audiência a intenção da autora.

Na sentença, o juiz destacou que a atitude ultrapassou o limite de um erro profissional, entendendo que houve uma ação consciente e negligente por parte da auxiliar de farmácia.

O TRT-GO confirmou o entendimento, ressaltando que a conduta demonstrou quebra de confiança e violação do dever de lealdade, elementos essenciais à relação de trabalho.

Para o relator, erros podem ocorrer na prática profissional, mas, neste caso, houve intenção e risco à vida do paciente. Assim, a justa causa foi considerada proporcional, adequada e necessária.

Siga o Portal 6 no Instagram: @portal6noticias e nas redes sociais e fique por dentro de todas as notícias e curiosidades!

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Publicidade