Após sentença, mãe do motorista da Urban que foi incendiado vivo faz gesto emocionante à mãe da ré
Rosimeire Araújo Lima foi considerada inimputável criminalmente, por conta de diagnóstico de esquizofrenia
Durante o Tribunal do Júri que considerou inimputável criminalmente a mulher que ateou fogo no motorista de ônibus da Urban Wallison Barboza dos Santos, em Anápolis, uma cena surpreendeu os presentes.
A mãe da vítima e a mãe da ré foram vistas se abraçando após a leitura da sentença, na manhã desta quinta-feira (25). Elas choraram juntas conforme dividiam a dor inexplicável a qualquer outra pessoa.
Marlene Maria de Jesus, mãe de Wallison, foi a responsável por iniciar o gesto. Ela chega na familiar de Rosimeire Araújo Lima, que ainda está sentada, se apresenta e diz: “posso te dar um abraço?”.
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A outra mulher responde: “claro. Me perdoa? Perdoa a minha filha. Ela não sabe o que ela fez”. Elas dividem as lágrimas em seguida.
Até esta quarta-feira (24), a expectativa era de que Marlene não fosse ao julgamento, porque não se encontrava em condições emocionais para enfrentar de forma tão direta a memória do crime.
Quem a teria incentivado a comparecer nesta manhã foi o filho dela, irmão de Wallison, Átilla Barbosa dos Santos – que, inclusive, já havia compartilhado que concedia o perdão a Rosimeire.
Em uma carta escrita ao Júri, ele desabafou e clamou por justiça: “gostaria de dizer à Ré, que sobre uma doença psicológica (esquizofrenia), que está perdoada por mim. E espero que a Justiça seja feita neste caso. Até quando inocentes serão mortos pela violência urbana, negligenciados pela família e pelo Estado?”.
Segundo a sentença emitida no Fórum de Anápolis, Rosimeire será internada, de forma compulsória e por tempo indeterminado, em um hospital psiquiátrico, até que seja considerada apta a retornar ao convívio social.
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