A quantidade de vezes por dia que se deve colocar ração para um cachorro, segundo veterinários
Especialistas explicam a frequência ideal de alimentação de acordo com a idade, o porte e o estilo de vida do animal

A dúvida sobre quantas vezes por dia um cachorro deve comer é uma das mais comuns entre tutores, principalmente os de primeira viagem. Embora pareça simples, a resposta exige atenção a fatores como idade, porte, nível de atividade e até mesmo o tipo de ração.
Segundo veterinários, a frequência correta das refeições pode influenciar diretamente na saúde, comportamento e longevidade do animal.
Para os filhotes, que ainda estão em fase de crescimento e desenvolvimento muscular, o ideal é alimentar de três a quatro vezes ao dia.
Nessa idade, o metabolismo é acelerado e o estômago ainda pequeno, o que exige intervalos curtos entre as refeições.
Além disso, a oferta fracionada ajuda a evitar hipoglicemia, vômitos e distúrbios digestivos.
A partir dos seis meses de idade, a maioria dos cães pode reduzir para duas a três refeições diárias, dependendo do tamanho e da energia do animal.
Cães de raças pequenas costumam se beneficiar de refeições mais fracionadas, já que tendem a gastar energia rapidamente, enquanto os de grande porte podem se adaptar melhor a duas refeições fixas.
Nos cães adultos, a recomendação geral é duas refeições por dia — uma pela manhã e outra no final da tarde ou início da noite.
Essa rotina ajuda a manter o metabolismo equilibrado e reduz o risco de problemas como obesidade, gastrite e torção gástrica, especialmente em cães grandes.
Os especialistas lembram ainda que manter horários fixos cria um padrão alimentar saudável e facilita o controle da quantidade ingerida.
Já os cães idosos merecem cuidados extras. Com o passar dos anos, eles perdem massa muscular e têm o metabolismo mais lento.
Por isso, alguns veterinários sugerem três pequenas porções diárias, o que facilita a digestão e evita desconfortos gastrointestinais.
Além disso, a ração deve ser específica para a idade, com menos gordura e ingredientes que favoreçam a saúde das articulações.
A importância de observar o porte e o estilo de vida
A frequência e a quantidade ideais também variam conforme o porte e o estilo de vida.
Um cachorro de apartamento, que passeia pouco e tem uma rotina mais calma, precisa de menos calorias do que um cão ativo, que corre e brinca com frequência.
De acordo com veterinários, o tutor deve observar o peso corporal e ajustar a porção conforme o nível de atividade física.
Cães de raças pequenas — como pinschers, poodles e shih-tzus — têm metabolismo acelerado e necessitam de energia constante, enquanto os de raças grandes — como labradores, pastores e rottweilers — exigem mais ração por refeição, mas com intervalos mais espaçados.
Cuidados adicionais e hábitos saudáveis
Outro ponto essencial é garantir água limpa e fresca o tempo todo. A hidratação adequada é fundamental para o bom funcionamento dos rins e para a digestão.
Evite deixar a ração exposta por longos períodos, principalmente em locais quentes, pois pode perder nutrientes ou atrair formigas.
Veterinários também alertam sobre o excesso de petiscos e restos de comida humana, que desequilibram a dieta e podem causar obesidade, pancreatite e outros distúrbios metabólicos.
Os lanches devem representar no máximo 10% da alimentação total do dia e ser específicos para cães.
A orientação profissional é indispensável
Cada cachorro é único, e por isso a consulta veterinária é indispensável para definir a rotina ideal. O profissional pode calcular a quantidade exata de ração com base no peso, idade, porte, raça e condição corporal.
Em alguns casos, ele também pode recomendar rações terapêuticas, próprias para cães com alergias, obesidade, problemas renais ou digestivos.
Por fim, os especialistas reforçam que a alimentação é um dos pilares da qualidade de vida canina.
Oferecer ração de boa qualidade, na frequência certa e com o acompanhamento de um veterinário, é a melhor forma de garantir que o pet viva de forma saudável, equilibrada e feliz.