Recrutadores encontram solução para substituir geração Z que não quer trabalhar
Os jovens enfrentam um cenário em que as empresas estão mudando rapidamente sua forma de contratar e produzir

A geração Z está no centro de uma grande transformação no mundo do trabalho.
Nascidos entre 1997 e 2012, esses jovens enfrentam um cenário em que as empresas estão mudando rapidamente sua forma de contratar e produzir.
A principal causa? O avanço acelerado da inteligência artificial (IA), que vem sendo apontada como a nova solução para preencher vagas e reduzir custos, deixando parte dessa geração em alerta sobre o futuro profissional.
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Recrutadores encontram solução para substituir geração Z que não quer trabalhar
Um estudo recente do British Standards Institution (BSI) revelou que quatro em cada dez líderes empresariais preferem investir em tecnologia em vez de contratar novos funcionários.
Segundo o levantamento, 41% das empresas afirmaram que a inteligência artificial é uma estratégia eficiente para preencher lacunas de habilidades sem precisar ampliar o número de empregados.
Isso significa que, em muitos casos, as tarefas que antes eram destinadas a profissionais iniciantes — normalmente da geração Z — estão sendo assumidas por sistemas automatizados.
Além disso, quase um terço dos entrevistados (31%) admitiu buscar soluções de IA antes mesmo de considerar a contratação de uma pessoa.
Os números mostram uma tendência clara: cerca de 40% das companhias acreditam que, em até cinco anos, a substituição de cargos básicos pela IA será uma prática comum.
E esse movimento já começou.
Aproximadamente 39% dos executivos disseram que suas empresas reduziram ou cortaram funções de entrada para aumentar a eficiência com o uso de tecnologia.
O “apocalipse do emprego” para a geração Z
Para a geração Z, o desafio não é apenas conseguir o primeiro emprego — é permanecer nele.
Muitos recrutadores relatam que jovens profissionais demonstram menor interesse em funções presenciais e rotineiras, o que faz com que as empresas busquem alternativas mais previsíveis, como sistemas de IA capazes de trabalhar 24 horas por dia, sem pausas ou treinamentos demorados.
Cerca de 20% dos líderes empresariais ouvidos na pesquisa acreditam que todas ou a maioria das tarefas realizadas por funcionários iniciantes podem ser substituídas por inteligência artificial.
Para esses executivos, investir em tecnologia é uma forma de garantir produtividade sem enfrentar os altos custos e desafios de capacitação humana.
Inteligência artificial como aliada — e ameaça
Embora muitos vejam a IA como uma ameaça aos empregos da geração Z, especialistas alertam que ela também pode ser uma aliada importante.
O segredo está no equilíbrio entre tecnologia e capacitação profissional.
A diretora executiva da BSI, Susan Taylor Martin, afirmou que “a IA representa uma enorme oportunidade para empresas em todo o mundo”, mas reforçou que “são as pessoas que impulsionam o progresso”.
Martin destacou ainda que há uma necessidade urgente de pensar no longo prazo.
Segundo ela, o investimento em tecnologia deve vir acompanhado de políticas voltadas à qualificação e ao bem-estar dos trabalhadores.
Caso contrário, o risco é criar uma geração excluída do mercado, com empregos cada vez mais escassos e competitivos.
O papel das empresas e dos jovens nesse novo cenário
Para enfrentar esse desafio, as organizações precisam adotar uma visão mais humana e estratégica.
A tecnologia deve ser usada para potencializar o trabalho das pessoas, e não para substituí-las completamente.
Isso exige programas de capacitação, incentivo à criatividade e abertura para novas formas de trabalho.
Por outro lado, a geração Z também precisa se adaptar.
Desenvolver habilidades comportamentais, aprender sobre novas ferramentas digitais e buscar conhecimento contínuo são atitudes essenciais para se manter relevante no mercado.
Afinal, quanto mais o profissional souber lidar com a IA, maior será sua vantagem competitiva.
O futuro do trabalho está em construção
A relação entre a geração Z e o mercado de trabalho ainda está sendo moldada.
O avanço da inteligência artificial é inevitável, mas isso não significa o fim das oportunidades.
Pelo contrário: ele pode marcar o início de uma nova era, em que humanos e máquinas trabalham lado a lado, cada um com seu papel.
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