Geólogos descobrem depósito com mais de 1.000 toneladas de ouro avaliado em R$ 450 bilhões

Achado impressionante pode transformar a economia regional e entrar para a lista das maiores descobertas auríferas do mundo

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Geólogos descobrem depósito com mais de 1.000 toneladas de ouro avaliado em R$ 450 bilhões
(Imagem: Ilustração)

Um grupo de geólogos chineses fez uma descoberta monumental sob o campo aurífero de Wangu, na província de Hunan.

O local abriga um possível depósito com mais de 1.000 toneladas métricas de ouro, sendo 300 toneladas já confirmadas próximas à superfície.

Estimativas iniciais indicam que o valor total pode chegar a 600 bilhões de yuans, o equivalente a cerca de R$ 450 bilhões.

Embora os números ainda sejam preliminares, o potencial dessa reserva é gigantesco. Se as projeções se confirmarem, o depósito de Wangu poderá superar minas históricas, como a South Deep, na África do Sul, que tem cerca de 870 toneladas comprovadas e é considerada uma das maiores do planeta.

A descoberta vem sendo estudada pelo Bureau Geológico de Hunan e pelo Instituto Provincial de Geologia, que identificaram mais de 40 veios de ouro distribuídos em profundidades que chegam a 2.000 metros e podem atingir até 3.000 metros.

A região faz parte do cinturão orogenético de Jiangnan, uma antiga falha geológica formada pelo choque de placas tectônicas. Essas fraturas criaram canais por onde fluidos minerais circularam, depositando ouro ao longo de milhões de anos.

Antes mesmo desse achado, o nordeste de Hunan já figurava entre as áreas mais promissoras da China, com 315 toneladas de ouro conhecidas. Agora, a descoberta de Wangu reforça o papel da província como uma das mais ricas em recursos naturais do país.

Os especialistas envolvidos no projeto realizaram milhares de metros de perfurações e utilizaram modelos geológicos tridimensionais para mapear os veios subterrâneos e avaliar a continuidade das zonas mais ricas.

Apesar do entusiasmo, o desafio técnico é enorme. Extrair ouro de profundidades tão grandes exige altos custos com ventilação, controle de água e transporte de rocha, além de uma logística complexa.

A qualidade do minério, medida pelo teor de ouro em cada tonelada de rocha, será decisiva para determinar se a exploração é economicamente viável.

Os engenheiros precisarão equilibrar custo e rendimento: veios muito profundos ou irregulares podem ser deixados de lado, enquanto áreas mais espessas e estáveis podem se tornar a base da futura mina.

A exploração em Wangu ainda está nos estágios iniciais. Conforme novas perfurações são concluídas, os dados devem ser ajustados e as estimativas refinadas.

Se os resultados confirmarem o potencial, o projeto avançará para as etapas de planejamento de mina, licenciamento ambiental e captação de investimentos.

Por enquanto, o campo aurífero de Wangu já é tratado como um gigante subterrâneo em formação — uma descoberta que pode redefinir o mapa da mineração global e marcar uma nova era para a província de Hunan.

*Com informações de O Antagonista

Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com o Portal 6 desde 2022, atuando principalmente nas editorias de Comportamento, Utilidade Pública e temas que dialogam diretamente com o cotidiano da população.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Publicidade