Entenda polêmicas que vieram à tona com série ‘Tremembé’, do Prime Video

Produção fala sobre o presídio de mesmo nome, no interior paulista, onde ficaram detidas pessoas conhecidas Brasil afora por seus crimes

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Entenda polêmicas que vieram à tona com série ‘Tremembé’, do Prime Video
Pôster da série “Tremembé”, da Prime Video. (Foto: Divulgação)

Desde que estreou na semana passada no Prime Video, a série “Tremembé” -sobre o presídio de mesmo nome no interior paulista onde ficaram detidas pessoas conhecidas Brasil afora por seus crimes- tem gerado polêmicas em torno dos retratados.

Uma delas é relativa a Cristian Cravinhos, um dos condenados pelo assassinato do casal Manfred e Marísia Von Richtofen, em 2022, e que lá ficou preso. O seriado mostra o romance entre Cravinhos, interpretado por Kelner Macêdo, e Duda, detento vivido por João Pedro Mariano.

O ator Kelner Macêdo como Cristian Cravinhos na série ‘Tremembé’ Stella Carvalho Prime Video Homem jovem com camiseta regata branca e bermuda bege Duda, condenado por assalto à mão armada, se aproximou de Cravinhos e os dois iniciaram uma relação amorosa definida por crises de ciúmes.

O relacionamento acabou quando Cravinhos saiu de Tremembé, no início deste ano, para cumprir o resto de sua pena em regime aberto. O romance é narrado num dos livros do escritor e jornalista Ulisses Campbell, também roteirista da série.

Cravinhos foi às redes sociais para dizer que o seriado é uma “mentira”, numa postagem nos stories em seu Instagram. Depois, respondendo a comentários dos seguidores, afirmou que “praticamente tudo” na série é mentira. “Tudo pelo Ibope”, acrescentou.

O roteirista rebateu a acusação com um post em seu Instagram no qual mostra uma calcinha, supostamente usada por Cravinhos na prisão, e uma carta que ele teria escrito à mão para Duda no dia 12 de junho, quando se comemora o dia dos namorados.

“Dudinha! Obrigado, de coração, por todos esses dias, meses, anos, até mesmo horas e segundos por eu estar ao seu lado. Para mim, você é um presente que Deus me deu de representação de uma pessoa bem legal”, diz a carta.

No post, o roteirista da série escreve que “no jornalismo, um testemunho gravado não basta para publicar uma história, sobretudo quando ela é controversa”. “Muitas vezes é necessário apresentar provas materiais.”

O seriado também mostra os presentes que Gugu Liberato enviou a Suzane Von Richtofen, outra das condenadas pela morte de seus pais. Em 2015, o apresentador mandou para a detenta três máquinas de costura, um conjunto avaliado em R$ 36 mil. A doação aconteceu após a condenada dizer, numa entrevista para ele, que os materiais usados no ateliê do presídio eram precários.

Mas os presentes não podiam permanecer com a detenta no presídio. Eles foram, então, envidos à casa do irmão de Sandrão, uma outra presa que tinha uma relação amorosa com Suzane, e viraram objeto de disputa entre as duas. Hoje, não se sabe do paradeiro das máquinas.

Outra pessoa a se manifestar sobre a série foi Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, assassinada aos cinco anos de idade –os condenados pelo crime, o pai de Nardoni, Alexandre, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, são personagens da trama.

Oliveira disse num post nesta segunda que não vai ver a série. “É algo que conta a minha história, mas uma coisa sou eu falar sobre a minha filha, sobre a minha história, sobre o que eu vivi. Outra coisa é como se eu vivenciasse a cena do crime. Então, existe uma grande distância e um cuidado que eu quero ter com a minha saúde mental”, afirmou.

Ela disse também se preocupar pelo risco de o que está acontecendo em torno da série traga criminosos para os holofotes e os tratem como se fossem celebridades “e não com a seriedade de cada caso”.

“Então, eu peço responsabilidade para que a gente não trate esses criminosos como celebridades. Essa é a minha única preocupação e é por isso que eu realmente vim aqui.”

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