Novo trem que supera a velocidade de um avião chegará a 1.000 km/h e ligará dois países em uma hora
Uma ferrovia futurista que flutua num túnel para atravessar quilômetros em tempo recorde

Você já parou para pensar que um trem poderia ser mais rápido do que um avião comercial?
Na China, isso está cada vez mais próximo de se tornar realidade.
O ambicioso projeto chamado T-Flight, criado pela Corporação Chinesa de Indústria Aeroespacial e Ciência (CASIC), testou com sucesso um trem de levitação magnética (maglev) que opera dentro de um tubo com baixa pressão, atingindo o impressionante potencial de 1.000 km/h.
O teste experimental ocorreu na província de Shanxi, em um túnel de 2 km, onde o trem manteve sustentação estável e parou com segurança.
Se essa tecnologia sair do papel, a viagem entre Pequim e Xangai, por exemplo, poderia ser feita em cerca de uma hora, segundo os idealizadores, reduzindo bastante os atuais 4 h 18 min de trem convencional.
Como funciona essa “máquina voadora” no solo
Maglev + vácuo: por que isso faz o trem voar (quase)
O segredo do T-Flight está na combinação de duas tecnologias: levitação magnética e tubo de baixa pressão. No sistema maglev, potentes ímãs supercondutores mantêm o trem suspenso, eliminando o atrito com os trilhos — o que por si só já permite grandes velocidades.
Mas o verdadeiro salto vem do tubo com ambiente de baixo vácuo. Ao extrair boa parte do ar, o trem enfrenta muito menos resistência aerodinâmica, permitindo acelerar ainda mais.
Além disso, a sustentação da levitação foi aumentada: o trem flutua a cerca de 100 mm acima da via, contra os tradicionais 10 mm de outros maglevs, garantindo mais estabilidade.
Por que esse trem pode transformar os transportes
A redução no tempo de viagem é monumental: trajetos que hoje levam horas poderiam se tornar rotineiros em poucos minutos.
Menor atrito significa menos desgaste mecânico, o que tende a baixar os custos de manutenção a longo prazo.
Ruído e vibração seriam significativamente reduzidos, graças à combinação do vácuo com a levitação magnética. global.chinadaily.com.cn
A CASIC acredita que esse sistema poderia criar um “círculo econômico de uma hora” entre grandes cidades chinesas, conectando ferrovia, aviação e transportes locais num mesmo ecossistema.
Obstáculos antes do trem dos sonhos
Apesar dos avanços empolgantes, ainda há desafios grandes: construir tubos de baixa pressão com vários quilômetros é caro e exige tecnologia avançada. Também será necessário desenvolver infraestrutura compatível nas regiões que receberem esse tipo de trem.
Além disso, há questões de segurança, regulação e viabilidade econômica: mesmo com o potencial para revolucionar o transporte, governos e empresas terão de decidir se vale o investimento maciço.
O T-Flight representa uma virada radical no futuro da mobilidade: mais rápido que muitos aviões, mais silencioso que trens comuns, e com ambição de remodelar como conectamos cidades. Se tudo der certo, logo estaremos falando de “viajar de trem quase como voar”.
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