Receita Federal faz comunicado e alerta: movimentação no CPF pode causar multas e desenquadramento automático do MEI

Mudança no entendimento do Fisco da Receita Federal coloca milhares de microempreendedores em atenção máxima

Gabriel Yuri Souto Gabriel Yuri Souto -
Receita Federal faz alerta para MEIs
(Foto: Reprodução/ Agência Brasil)

Quem é MEI sempre acreditou que o dinheiro que entra no CPF e o que passa pelo CNPJ não se misturavam.

A Receita Federal, porém, reforçou um entendimento que muda essa lógica e já preocupa milhões de pessoas: determinadas movimentações na conta pessoal podem ser somadas ao faturamento do MEI.

Quando isso acontece, o limite anual é ultrapassado e o microempreendedor pode ser desenquadrado automaticamente, além de correr risco de multas.

O que passa a entrar no limite

A Receita Federal afirmou que considera como faturamento qualquer renda obtida em atividades profissionais exercidas fora do MEI, mesmo com o MEI ativo.

O órgão explicou que atendimentos como autônomo e serviços prestados como contribuinte individual entram no cálculo e aumentam o faturamento total analisado.

Profissões regulamentadas fora do MEI, como nutricionista, advogado, dentista, arquiteto e engenheiro, também têm seus serviços somados ao faturamento.

Se esses valores, somados ao faturamento do CNPJ, ultrapassarem o teto de R$ 81 mil no ano, o microempreendedor perde o regime automaticamente.

O que não entra na conta

Por outro lado, a Receita afirma que salário de emprego formal, rendimentos de investimentos, aluguel de imóveis, aposentadorias e pensões continuam sendo considerados rendas pessoais.

Elas não interferem no limite do MEI e não fazem parte do cálculo de faturamento.

O maior ponto de atenção está no uso do PIX e das contas misturadas. Quando o MEI recebe tudo na mesma conta: dinheiro pessoal, transferências da família, serviços feitos por fora e vendas do negócio, a Receita pode interpretar que todas as entradas têm natureza econômica. Afinal, isso aumenta muito o risco de fiscalização e de cobrança retroativa.

A recomendação geral

Para evitar confusão, especialistas orientam que o MEI mantenha uma conta separada só para o negócio, registre a origem das entradas, cuide da emissão de notas e acompanhe de perto o faturamento ao longo do ano.

Pequenas movimentações que antes passavam despercebidas agora podem ser decisivas na análise do Fisco.

Com o reforço desse entendimento, a Receita deve ser mais rigorosa em 2025.

Contudo, quem trabalha como MEI precisa ficar atento: uma simples movimentação no CPF pode custar o regime e aumentar significativamente o valor dos impostos.

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Gabriel Yuri Souto

Gabriel Yuri Souto

Redator e gestor de tráfego. Especialista em SEO.

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