Mortes após enchentes no Sudeste Asiático passam de 1.200

Chuvas torrenciais e inundações catastróficas atingiram o Sri Lanka, partes da ilha de Sumatra, Indonésia, Tailândia e Malásia

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Mortes após enchentes no Sudeste Asiático passam de 1.200
Chuvas torrenciais no Sudeste Asiático já causaram mais de 1.200 mortes. (Foto: Captura/YouTube/SBT)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Passa de 1.200 o número de mortos em diversos países do Sudeste Asiático por inundações, nesta terça-feira (2), segundo balanços de governos e autoridades locais. Milhares de pessoas seguem isoladas, principalmente na Indonésia e no Sri Lanka.

Nas últimas semanas, chuvas torrenciais e inundações catastróficas atingiram o Sri Lanka, partes da ilha de Sumatra, Indonésia, o sul da Tailândia e o norte da Malásia.

Em Sumatra, o balanço de vítimas subiu nesta terça-feira para 708 mortos e 504 desaparecidos, segundo a agência de gestão de desastres. A instituição havia informado número anterior de 753 mortos, segundo a agência Reuters, mas se corrigiu em seguida sem apresentar um motivo.

“A água chegava até o meu pescoço, subiu quase dois metros. Todos os móveis estão danificados. Tenho apenas a roupa que estou vestindo “, contou à AFP Misbahul Munir, 28, morador de Aceh Norte, na ponta norte de Sumatra.

As águas baixaram, mas a devastação obrigou centenas de milhares de pessoas a buscar refúgio em abrigos, onde lutam para conseguir água e alimentos.

Na região indonésia de Aceh, uma das mais afetadas, os moradores com algum dinheiro sobrando estão acumulando mantimentos.

“O acesso por estrada foi cortado nas áreas mais inundadas. As pessoas temem ficar sem combustível”, afirmou à AFP Erna Mardhiah, 29, que aguardava havia duas horas na fila de um posto de combustível em Banda Aceh.

O governo da Indonésia anunciou nesta segunda-feira (1º) o envio de 34 mil toneladas de arroz e 6,8 milhões de litros de óleo de cozinha para as províncias de Aceh, Sumatra do Norte e Sumatra Ocidental, as mais afetadas.

As organizações de ajuda humanitária afirmam trabalhar intensamente para transportar suprimentos às áreas afetadas, diante do temor de que os mercados locais fiquem sem produtos essenciais.

“Comunidades em toda Aceh estão sob grave risco de escassez de alimentos e fome se as linhas de abastecimento não forem restabelecidas nos próximos sete dias”, alertou o grupo de ajuda Islamic Relief.

Pelo menos 410 pessoas morreram e 336 estão desaparecidas no Sri Lanka, segundo balanço atualizado pelas autoridades nesta terça-feira. As chuvas pararam na segunda-feira na capital, Colombo, e há expectativa de redução do nível de água nos próximos dias.

Alguns estabelecimentos comerciais reabriram as portas. Em Ma Oya, ao norte de Colombo, Hasitha Wijewardena disse que estava tentando limpar sua residência após a inundação. “A água baixou, mas a casa está cheia de lama.”

O governo anunciou que ainda avalia a dimensão dos danos no centro do país, a área mais afetada, enquanto as equipes de emergência tentam liberar estradas bloqueadas.

O presidente do Sri Lanka, Anura Kumara Dissanayake, declarou estado de emergência e afirmou que trata-se do “maior e mais difícil desastre natural” da história do país – os danos são os mais graves no país desde o tsunami de 2004, que matou quase 31 mil pessoas e deixou mais de um milhão de desabrigados.

No sul da Tailândia, as enchentes mataram 176 pessoas, informaram as autoridades nesta segunda-feira, em um dos fenômenos climáticos mais letais no país em uma década.

O governo enviou ajuda, mas houve críticas à resposta às inundações. Dois funcionários do governo foram suspensos pela resposta inadequada diante da emergência.

Grande parte da Ásia enfrenta atualmente a temporada anual de monções, que provoca chuvas fortes e geralmente resulta em deslizamentos de terra e inundações, agravadas pela crise climática e as mudanças resultantes de temperatura, pressão e umidade globais.

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