Ferrovia que ligará Mato Grosso a Bahia irá passar por Goiás e deve aumentar PIB goiano em R$ 73,5 bilhões

Inicialmente, plano era que trecho da Fiol passasse pelo Tocantins, mas Governo Federal concluiu que Mara Rosa (GO) seria um ponto mais estratégico

Davi Galvão Davi Galvão -
Imagem mostra locomotiva da Rumo, em Anápolis. (Foto: Wesley Daniel/Porto Seco Centro-Oeste)
Imagem mostra locomotiva da Rumo, em Anápolis. (Foto: Wesley Daniel/Porto Seco Centro-Oeste)

Após estudos e análises técnicas, o Governo Federal concluiu que seria mais vantajoso para a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) passar por Mara Rosa (GO) do que por Figueirópolis (TO), como apontava o planejamento original.

Conforme o O Popular, a nova rota pode gerar uma economia operacional de R$ 1 bilhão, além de também interferir em menos territórios indígenas e quilombolas.

Deste modo, Mara Rosa deve se ligar diretamente a Correntina (BA), por meio da Fiol 3, que por sua vez fará uma rota de transporte interligando Caetité (BA) com a cidade costeira de Ilhéus (BA), através das Fiol 2 e 1.

Dentro deste contexto, partindo do município goiano, mas agora com sentido ao Mato Grosso, a malha ferroviária irá se unir com a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), formando um grande corredor de exportações.

Na prática, o chamado Corredor Ferroviário Leste – Oeste (que se trata da união da Fico com a Fiol) irá ligar Água Boa (MT) a já mencionada Ilhéus (BA).

Além disso, caso haja aporte adicional do Governo Federal, a ferrovia poderá se estender até Lucas do Rio Verde (MT), ampliando ainda mais o escopo do projeto.

Consequência de uma obra tão robusta deve ser vista diretamente na economia, como apontado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), que prevê uma alta acumulada de aproximadamente R$ 73,5 bilhões no PIB goiano apenas nos primeiros 10 anos de operação.

A operação plena do Corredor Ferroviário Leste-Oeste ainda depende da conclusão dos trechos FIOL 1 e FIOL 2, além da garantia de uma estrutura portuária competitiva para o escoamento de grãos no Porto Sul, na Bahia.

Além disso, a malha também deve ser integrada à Ferrovia Norte-Sul. Com isso, áreas produtoras do Centro-Oeste e do Oeste do país terão acesso facilitado aos principais portos brasileiros, ampliando a eficiência do transporte de cargas.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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