Relembre 6 casos emblemáticos que marcaram Anápolis em 2025
Com o passar de mais um ano, é natural esperar por tempos melhores e que, em 2026, menos violência seja vista no cotidiano

Ao longo de 2025, diversos casos tiveram grande repercussão em Anápolis. Seja por conta de sua brutalidade ou pelos efeitos posteriores que causaram, muitas dessas ocorrências acabaram ficando marcadas na memória dos moradores.
Assim, o Portal 6 separou os seis casos emblemáticos se destacaram no decorrer dos últimos 12 meses no município. Confira:
Abatedouro de cavalos

Imagem mostra cavalo encontrado em abatedouro clandestino em Anápolis. (Foto: Paulo de Tarso/ Prefeitura de Anápolis)
No início de março de 2025, denúncias de moradores levaram autoridades a investigarem e descobrirem um abatedouro clandestino de cavalos, próximo ao Bairro da Lapa, na região Sul de Anápolis.
No local foram resgatados cerca de 40 equinos, muitos desnutridos, feridos e mantidos em condições degradantes: sem água, sem alimentação e com marcas de maus-tratos, como patas quebradas e lesões nos olhos.
Além dos animais, a polícia encontrou evidências de abate e processamento clandestino. Havia carcaças, vísceras, couro, ossadas espalhadas, mesas com luvas, botas, baldes, além de freezers, moedores e embalagens, indicando que a carne seria processada para consumo.
Fraudes em curso de medicina

Gabriella Andrade Viegas de Arruda, bolsista 100% do programa Graduação, da Prefeitura de Anápolis. (Foto: Captura/ TikTok)
Alguns alunos de medicina conseguiram bolsas integrais por meio do Programa GraduAção — destinado a estudantes em situação de vulnerabilidade social — declarando renda familiar baixa junto ao CadÚnico.
Depois, uma auditoria apontou que famílias de “classe média e alta” haviam se beneficiado indevidamente: alguns alunos estavam com padrão de vida incompatível com a renda declarada.
Em um dos casos emblemáticos, uma estudante com bolsa integral tinha ostentação nas redes sociais — viagens, luxo e estilo de vida aparentemente distante de quem declara condição de vulnerabilidade — o que levou um juiz da vara municipal a suspender sua bolsa.
Ao final, a prefeitura decidiu extinguir o Programa GraduAção diante das irregularidades descobertas e realizou uma análise mais criteriosa dos beneficiários atuais.
Homicídio na sorveteria

À esquerda, Leandro Castro, suspeito do crime. À direita, a vítima, Mauro Sérgio. (Foto: Reprodução)
Outro caso que marcou a comunidade anapolina foi o do empresário Leandro Castro, que assassinou outro homem em frente a uma sorveteria em Anápolis, ainda em julho deste ano.
A vítima, identificada como Mauro Sérgio de Souza, foi esfaqueada na porta de uma sorveteria da Rua Mauá, na região Central da cidade.
Neste momento, Leandro e a companheira também chegaram ao local, com um desentendimento entre as partes já na hora de pesar o sorvete. A confusão escalou e terminou do lado de fora, com o empresário esfaqueando o outro.
À época, Leandro se apresentou à delegacia e alegou legítima defesa. O caso ainda tramita na Justiça.
Vandalismo em sorveteria
Mais um episódio que chamou atenção da população foi o de um empresário, dono de uma sorveteria na cidade, que teve um prejuízo de mais de R$ 8 mil após adolescentes propositalmente desligarem a energia do estabelecimento.
Mesmo se tratando de um crime, o proprietário não acionou as autoridades, mas veio a público externalizar o sentimento de injustiça e impotência.
Localizada na Av. Minas Gerais, no Bairro Jundiaí, a Sorveteria e Açaíteria Anafruit teve de descartar diversos produtos, incluindo 45 baldes de sorvete, 1,2 mil picolés, 108 potes e caixas de sorvete e oito de açaí.
Daniel Fuscão
Por último e talvez um dos episódios mais cruéis do ano foi o do professor de dança Daniel Santos, conhecido como Fuscão, que desapareceu no dia 22 de julho. Dois dias depois, um corpo carbonizado foi encontrado na Rua Amazílio Lino, no Centro, de joelhos e com as mãos amarradas.
O grau de destruição era tão grande que a identificação só foi possível por exame de DNA, que confirmou à família, em 1º de setembro, que se tratava do professor.
A investigação apontou que Daniel sofreu violência extrema antes de morrer. Laudo da Polícia Científica mostrou que ele foi imobilizado, agredido com golpes no abdômen, braços e pernas e estrangulado com um fio elétrico. A perícia também concluiu que ele foi queimado ainda vivo.
O principal suspeito, José Henrique Coimbra Marinho, foi preso em 6 de agosto e denunciado pelo Ministério Público de Goiás. O caso segue tramitando na Justiça.
Menino João Victor
Por fim, um dos acontecimentos que mais chamou a atenção em Anápolis durante o ano foi o triste falecimento de João Victor Gontijo Oliveira, de 10 anos.
O caso teve tamanho impacto e repercussão que o município criou a Lei João Victor, que endureceu a fiscalização para fios e postes em Anápolis.
A Polícia Civil (PC) ainda segue investigando o ocorrido, para que os responsáveis possam ser levados à Justiça e responsabilizados.
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