Dízimo via Pix entra no radar da Receita Federal; medida passa a valer a partir de 2026
As mudanças exigem acompanhamento mais próximo alteram a forma como as instituições religiosas precisam organizar suas finanças

O Pix passou a fazer parte do cotidiano das igrejas em todo o país e, agora, também entrou de vez no radar da Receita Federal.
A partir de 2026, as transferências feitas por Pix para pagamento de dízimos e ofertas vão integrar um sistema mais rigoroso de fiscalização digital, o que já acendeu o alerta entre líderes religiosos e fiéis.
Ao mesmo tempo, é importante deixar claro que o Pix não será taxado e que a medida não cria nenhum imposto novo.
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Ainda assim, o acompanhamento mais próximo muda a forma como as igrejas precisam organizar suas finanças e prestar contas.
O que muda com a fiscalização do Pix a partir de 2026
A Receita Federal decidiu intensificar o cruzamento de dados bancários para acompanhar, em tempo real, as movimentações feitas por Pix envolvendo igrejas e entidades religiosas.
Na prática, isso significa que todas as entradas registradas por esse meio passam a ser analisadas com mais atenção.
Embora o Pix já fosse monitorado como qualquer transação financeira, o avanço tecnológico agora permite uma leitura mais detalhada dos valores recebidos e da forma como eles são declarados na contabilidade oficial das instituições.
Dízimos e ofertas precisam estar na contabilidade
Com a nova fase de fiscalização, toda entrada via Pix deve constar corretamente nos registros contábeis da igreja.
A Receita cruza os valores recebidos com as despesas declaradas, buscando identificar incoerências ou falta de transparência.
Além disso, o entendimento do Fisco é claro: dízimos e ofertas precisam entrar exclusivamente em contas bancárias oficiais da instituição.
Quando o Pix cai em contas pessoais de líderes religiosos, o risco de questionamentos aumenta consideravelmente.
Multas e riscos para quem não se adequar
A fiscalização digital vem acompanhada de penalidades automáticas.
Erros ou atrasos no envio de declarações como DIRBI e EFD-Reinf podem gerar multas a partir de R$ 500.
Em situações mais graves, a falta de conformidade pode levar ao bloqueio da conta bancária vinculada ao CNPJ da igreja.
Por isso, o Pix deixou de ser apenas um meio prático de contribuição e passou a exigir cuidado redobrado na gestão financeira das instituições religiosas.
A imunidade tributária continua valendo
Apesar das mudanças, a Receita Federal reforça que a imunidade tributária das igrejas segue garantida pela Constituição.
Ou seja, o Pix não retira esse direito nem cria cobrança de impostos sobre dízimos e ofertas.
No entanto, a imunidade depende de organização, transparência e comprovação de que os recursos recebidos são utilizados nas atividades essenciais da entidade religiosa.
Por que o Pix virou prioridade para o Fisco
O uso massivo do Pix facilitou doações, mas também ampliou o volume de dados disponíveis.
Com isso, a Receita consegue identificar rapidamente movimentações fora do padrão, confusão entre patrimônio pessoal e institucional e ausência de registros formais.
Diante desse cenário, muitas igrejas já começaram a rever processos internos, reforçar a contabilidade digital e orientar fiéis sobre a importância de utilizar apenas os canais oficiais de Pix.
No fim das contas, o Pix continua sendo uma ferramenta prática e segura.
A diferença é que, a partir de 2026, ele também exige mais responsabilidade e planejamento por parte das instituições religiosas.
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