Mulher de pastor que queria receber por trabalhar na Igreja Mundial sofre derrota após entrar na Justiça

Desembargador observou que caráter empregatício não foi provado e que ela atuava motivada pela fé

Augusto Sobrinho Augusto Sobrinho -
Mulher de pastor que queria receber por trabalhar na Igreja Mundial sofre derrota após entrar na Justiça
O desembargador destacou que a mulher atuava na instituição “por motivos pessoais e religiosos”. (Foto: Reprodução)

A esposa de um pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus, em Caldas Novas, entrou na Justiça para receber pelo serviços prestados a congregação religiosa, mas perdeu o processo por não ter provas do vínculo empregatício.

O processo foi publicado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), na última quarta-feira (20), onde o desembargador convocado Kleber Waki destacou que a mulher atuava na instituição “por motivos pessoais e religiosos”.

Durante o depoimento, ela contou que trabalhou por 10 anos na igreja e que, nos últimos três anos, era exercia as funções de administradora, missionária regional e vendedora de artigos religiosos sem ser remunerada.

“Era responsável por preencher formulários, confeccionar boletos e relatórios financeiros da instituição, além de controlar o repasse do dinheiro arrecadado, informes publicitários e organização de eventos, dentre outras atividades”, conta.

Além disso, a mulher reclamou da decisão de primeiro grau, pois mesmo não havendo anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), teriam testemunhas que poderiam comprovariam a situação vivida.

Apesar disso, os desembargadores da Segunda Turma do TRT-18 entenderam que autora exercia trabalho voluntário, que era motivado pela fé, e ainda destacaram que vinculação de pastores se dá por ordem religiosa e vocacional e não empregatício.

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