Homem recebe reparação de R$ 40 mil após cair em “esquema de pirâmide” em Anápolis

Vítima teria sido enganada após aportar dinheiro em empresa de investimentos esportivos

Davi Galvão Davi Galvão -
Homem recebe reparação de R$ 40 mil após cair em “esquema de pirâmide” em Anápolis
Martelo utilizado pelos juízes.. (Foto: Ilustração/Pexels)

A 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado de Goiás determinou que uma empresa de investimentos esportivos devolvesse a um ex-cliente, de Anápolis, a quantia de R$ 40 mil, que havia sido transferida para as operações.

Acontece que estas “apostas” foram reveladas como sendo, possivelmente, um esquema de pirâmide.

A vítima alegou que tomou conhecimento dos serviços de investimentos esportivos oferecidos pela empresa por intermédio do cunhado, que já era um investidor.

Após contatar o recrutador da companhia, foi assegurado de que o serviço era seguro, com promessas de lucros semanais de 2% a 3%, comunicados através do WhatsApp.

Convencido pela suposta segurança, ele investiu R$ 85 mil, além de outros R$ 30 mil da companheira. Ele afirmou ter retirado R$ 45 mil do valor investido. No entanto, em março de 2022, a empresa informou aos investidores que havia perdido todo o dinheiro acumulado.

Diante disso, a vítima solicitou na Justiça um ressarcimento de R$ 47.374,63 a título de danos materiais.

Entretanto, inicialmente, a sentença considerou improcedentes os pedidos, entendendo que os valores em questão decorriam de apostas relacionadas a resultados de eventos esportivos internacionais e, portanto, não cabia a exigência de pagamento por parte do autor.

Inconformado, o ex-cliente recorreu, buscando a reforma da sentença, argumentando que toda aquela situação apresentava características típicas de pirâmides financeiras.

O juiz do caso destacou que, à primeira vista, o contrato aparentava estar relacionado a apostas esportivas. No entanto, após uma análise mais detalhada, concluiu-se que esse entendimento inicial não era adequado.

Para ele, a situação não se trata de dívidas decorrentes de jogo ou aposta, mas sim do prejuízo resultante da suposta prática do crime de estelionato.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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