Adolescentes dizem à polícia que retiraram corpo de túmulo por curiosidade

Jovens filmaram o momento em que puxam o corpo para fora do túmulo e mexem no cadáver

Folhapress Folhapress -
Adolescentes dizem à polícia que retiraram corpo de túmulo por curiosidade
(Foto: Reprodução)

As adolescentes que reviraram um túmulo e fizeram piadas sobre um cadáver em um cemitério de Piraquara (PR) contaram à polícia que agiram “por curiosidade”.

Elas dizem que encontraram a urna aberta e ficaram curiosas, explicou a delegada Juliana Cardoso, responsável pela investigação. As adolescentes filmaram o momento em que puxam o corpo para fora do túmulo e mexem no cadáver.

As garotas têm 14, 15 e 17 anos e duas são irmãs. Elas dizem não saber como o vídeo foi parar na internet. A delegada acredita que elas compartilharam a gravação com colegas até que o conteúdo vazou.

A família só descobriu a história quando o vídeo começou a circular nas redes sociais. A Polícia Civil tomou conhecimento do assunto no dia 20 de junho e, em menos de 1 hora, conseguiu identificar as pessoas que apareciam no vídeo.

As adolescentes não souberam precisar a data em que o vídeo foi feito. “Elas falaram que faz mais de um mês”, explicou a delegada. As garotas não tiveram nenhum tipo de contaminação, apesar de aparecerem no vídeo tocando no cadáver.

A polícia acredita que localizou o túmulo que foi revirado pelas adolescentes. O corpo não foi identificado porque a urna estava sem informação. “As equipes foram até o cemitério e encontraram um túmulo que se parece muito, mas já estava fechado. A gente acredita que seja o mesmo porque tem pedaços de madeira e dois ossos humanos do lado d fora”.

As três são suspeitas de ato infracional análogo ao vilipêndio de cadáver. A polícia concluiu a investigação e encaminhou o caso à Vara da Infância e Juventude para aplicação de medida socioeducativa. Elas e os responsáveis devem comparecer ao Ministério Público na quinta-feira (27).

Se fossem adultas, elas poderiam responder criminalmente por vilipêndio de cadáver, com penas de até três anos de prisão.

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