Quem é Cody Johnson, nova estrela do country que se apresenta em Barretos

Aos 37 anos, o cantor tem uma marca impressionante na carreira

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Quem é Cody Johnson, nova estrela do country que se apresenta em Barretos
Cody Johnson. (Foto: Divulgação)

THALES DE MENEZES

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As atrações musicais da Festa do Peão de Barretos, que vai até o próximo domingo (25), acabam se transformando em um festival sertanejo, o maior do país.

A escalação do evento tem a preocupação de incluir a cada ano um astro da country music. Desta vez, o convite contemplou quem realmente está dominando o gênero nos Estados Unidos.

O show no próximo sábado (24) foi incluído na turnê que Cody Johnson iniciou em janeiro. A proposta é divulgar seu terceiro álbum, “Leather”, que lidera a parada country em seu país e também marca presença no top 10 do ranking geral da indústria fonográfica.

Aos 37 anos, o cantor tem uma marca impressionante na carreira: suas canções somam até hoje 7,5 bilhões de acessos digitais.

Para Johnson, ficar diante de dezenas de milhares de pessoas é indescritível. “É como uma droga, isso se transforma em algo que você necessita de verdade.”

Mas a apresentação em Barretos carrega uma emoção especial. Antes de ser cantor, ele foi peão de rodeios. Montou por alguns anos até perceber que não estaria entre os melhores. E aí a vida de cantor, que já corria junto com os rodeios, ganhou força. Ele ainda acompanha esse circuito e conhece peões brasileiros.

Sobre diferenças entre arenas e palcos, ele diz acreditar que a pressão é a mesma. “Nas competições, ninguém se lembra daqueles que são eliminados logo no começo. Só os campeões são lembrados. Na música, apenas as grandes performances vão ficar na memória de quem assiste. Talvez seja diferente no tempo, entende? Em nove minutos no palco, você pode cantar duas ou até três canções para tentar ganhar a plateia. Em cima do animal, na arena, às vezes tudo se resolve em nove segundos, não?”

Mas o início da carreira musical foi tão difícil quanto desafiar cavalos e touros ariscos. Ele lançou seis álbuns independentes entre 2006 e 2016, sem fazer barulho. Apenas uma canção, “With You I Am”, entrou nas paradas do gênero, e ainda na modesta posição número 46.

Ele estourou a partir de 2018, quando assinou com a gravadora Warner. São três álbuns até agora, cada um fazendo sucesso maior do que o antecessor: “Ain’t Nothin’ to It” (2019), “Human: The Double Album” (2021) e “Leather” (2023).

Em Barretos, ele pretende incluir no repertório músicas de todas as fases da carreira. “É preciso pensar nisso. Você pega, por exemplo, canções como ‘Me and My Kind’ ou ‘Diamond in My Pocket”. Foram feitas há mais de dez anos. Mas eu posso colocá-las junto com as mais recentes que foram singles número um nas paradas.”

Para ele, é possível comparar o público brasileiro com o australiano. “Tenho uma carreira em selos independentes antes de assinar com uma grande gravadora, e as músicas desse período são pouco conhecidas fora dos Estados Unidos. Os fãs vão atrás desse material.”

“Leather” é elogiado pela crítica e descrito como uma louvação à vida de caubói. Muitos apontam ser o disco mais autobiográfico da carreira do cantor, mas ele rebate: “Talvez não. Não consigo diferenciar dos outros nesse sentido. Na verdade, eu sempre canto o que eu vivo, eu quero que todos os fãs pelo mundo saibam através das músicas quem eu sou, o que se passa no meu coração”.

O nome de Johnson é muito associado a um movimento que a crítica chama de “Back to Country”, uma espécie de busca pelas raízes do gênero. Considerado um tradicionalista, Johnson despreza essa história. “Acho que é mais uma questão de buscar dinheiro, sabe? O pop country moderno vende bem, acho que o pessoal em Nashville quer trazer os nomes mais antigos do gênero para o interesse do pessoal jovem. É arrancar dinheiro das pessoas, só isso.”

Ele rejeita os inúmeros rótulos que se espalharam pelo gênero. “Eu cresci no Texas. Ali você tem uma cena underground, que chamam de ‘Texas country’ ou ‘red dirt music’. Quando fui a Nashville, todos falavam que eu tinha que cantar o country de Nashville. São muitos rótulos, não? Eu não vou mudar o que faço por causa dessas opiniões. Eu não vou sacrificar minha integridade por um dólar que seja.”

CODY JOHNSON NA FESTA DO PEÃO DE BARRETOS
– Quando Sáb. (24), às 22h
– Onde Onde Parque do Peão – rod. Brigadeiro Faria Lima, km 428, s/n, Barretos
– Preço R$ 1.990 a R$ 2.790

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