Classe média goiana poderá ser mais afetada na declaração do Imposto de Renda em 2025; entenda

Faixa de isenção considerada para a declaração do IRPF será extrapolada em R$ R$ 194

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
imposto de renda
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO) fez um alerta aos contribuintes goianos que têm rendimentos de dois salários mínimos sobre a obrigatoriedade de voltarem a declarar o Imposto de Renda da Pessoa Física no próximo ano. A medida é justificada pela inalteração da faixa de isenção que atualmente está em R$ 2.824 mensais.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a renda média dos goianos é de R$ 2.960, o que indica que grande parcela da população economicamente ativa de Goiás declara o imposto de renda.

Como haverá o aumento do mínimo para 2025 dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.509, a faixa de isenção considerada para a declaração do IRPF será extrapolada em R$ 194.

O presidente em exercício do conselho, Henrique Ricardo Batista, alerta para o impacto dessa decisão, que foi indicada pelo envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 ao Congresso sem a correção da faixa de isenção.

Ele disse que a medida afeta a classe média. “A classe média será penalizada caso não haja correção da tabela do Imposto de Renda. Se não corrigir, todos que têm a remuneração indexada ao salário mínimo são prejudicados. A população em geral, a classe média como um todo”, explica.

O conselho lembra que a tabela do IR não é corrigida desde 2015 e que isso obriga cada vez mais pessoas a pagarem imposto de renda.

A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) aponta defasagem de 124,18% para quem ganha até dois salários mínimos e de 166,01% para as demais faixas.

O presidente destaca necessidade de exigir a revisão da tabela do IRPF. “Essa defasagem impacta significativamente a renda dos contribuintes, gerando uma carga tributária frequentemente desproporcional. É essencial serem adotadas medidas para corrigir essa distorção”, ressaltou Batista.

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