Pais são presos após reclamarem da escola da filha: “enorme exagero”

O que era apenas uma preocupação, virou um caso de crime grave

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
Pais são presos após reclamarem da escola da filha: “enorme exagero”
(Foto: Reprodução/The Times)

Imagina só: você manda um e-mail para a escola da sua filha e, no dia seguinte, seis policiais batem à sua porta!

Parece cena de filme, mas foi exatamente isso que aconteceu com Maxie Allen e Rosalind Levine, um casal britânico que acabou passando oito horas atrás das grades por, supostamente, incomodar demais a escola primária Cowley Hill, na Inglaterra.

Pais são presos após reclamarem da escola da filha: “enorme exagero”

De acordo com informações obtidas pelo jornal britânico, The Times, a confusão toda começou quando Allen e Levine questionaram a transparência da escolha de um novo diretor para a escola da filha, Sascha, de 9 anos.

Eles usaram um grupo de WhatsApp para desabafar e mandaram e-mails cobrando explicações. O resultado? Foram banidos da escola e proibidos de participar até da apresentação de Natal da filha.

Segundo os pais, a situação piorou quando a escola acionou a polícia, alegando que a enxurrada de e-mails e os comentários nas redes sociais estavam se tornando “perturbadores” para professores e conselheiros.

Sem direito a defesa, os dois foram presos bem na frente da filha, sob acusação de assédio, comunicação maliciosa e perturbação da propriedade escolar.

Para Maxie Allen, produtor da Times Radio, tudo isso foi um “enorme exagero”. Ele criticou tanto a escola, por tentar calar os pais, quanto a polícia, por tratar o caso como um crime grave. Segundo ele, em nenhum momento foram usadas palavras abusivas ou ameaçadoras.

A polícia de Hertfordshire justificou as prisões como “procedimento padrão” para casos de assédio e comunicação maliciosa, mas, depois de investigações, decidiu que não havia provas suficientes para manter qualquer acusação contra o casal. Já a escola declarou que incentiva pais a expressarem suas preocupações, desde que sigam os canais oficiais.

A história deixou muita gente de queixo caído. Afinal, onde está a linha entre exigir transparência e ser considerado “perturbador”?

Seja como for, uma coisa é certa: esses pais ganharam uma história bizarra para contar e, de quebra, levantaram um debate sobre liberdade de expressão e o poder das instituições educacionais.

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