Guardas civis de Aparecida de Goiânia são denunciados por tortura, invasão de domicílio e estupro

Suspeitos teriam invadido casa de família em duas ocasiões e praticado os crimes

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Guardas civis de Aparecida de Goiânia são denunciados por tortura, invasão de domicílio e estupro
Decisão foi suspensa. (Foto: Ilustração/Pexels)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) seis guardas civis municipais de Aparecida de Goiânia, suspeitos de cometerem crimes de tortura, invasão de domicílio e estupro, praticados em Senador Canedo.

De acordo com as acusações, os investigados, que integram a equipe “Alfa” da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), são suspeitos de praticar os delitos em duas ocasiões: setembro de 2020 e janeiro de 2021.

Segundo o MPGO, no dia 24 de setembro de 2020, quatro dos acusados invadiram clandestinamente a residência de uma família, sem determinação judicial e fora das condições estabelecidas em lei.

Na ocasião, eles constrangeram e submeteram as vítimas à tortura, utilizando violência física, ameaças e exigindo que deixassem a residência sob pena de morte.

Ainda no mesmo dia, dois dos acusados teriam praticado atos libidinosos contra uma das vítimas, mediante grave ameaça.

A investigação indica que, no dia 6 de janeiro de 2021, os quatro guardas municipais voltaram ao mesmo local, invadindo a casa das vítimas e submetendo-as a intenso sofrimento físico e mental, reiterando as ameaças de morte caso não deixassem o imóvel.

Nesta segunda abordagem, eles desferiram socos contra uma das vítimas, que chegou a ficar de repouso por dias, sem poder trabalhar, em decorrência das dores provocadas pelas agressões.

A denúncia ainda destaca que a ação dos guardas aconteceu durante a pandemia da Covid-19, quando os acusados se aproveitaram da determinação para que as pessoas ficassem em casa, o que facilitava a prática dos crimes.

Além dos relatos das vítimas e de testemunhas, as investigações também contaram com filmagens de câmeras de segurança que captaram a viatura municipal no local, além de informações de Estação Rádio-Base obtidas mediante autorização judicial.

No pedido, o MPGO requer a fixação do valor mínimo de reparação pelos danos morais sofridos pelas três vítimas.

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