Governo Federal bate o martelo sobre volta do horário de verão no Brasil
Avaliação federal inclui impacto tarifário, adaptações sociais e prejuízos versus ganhos potenciais deste ano

O Governo Federal reforçou que não haverá retorno do horário de verão em 2025, embora a medida continue sendo estudada como alternativa estratégica para lidar com picos de consumo de energia.
A decisão foi comunicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com base em avaliações técnicas feitas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em nota recente, o MME afirmou que o tema é “permanentemente avaliado”, mas descartou qualquer decreto para este ano, já que os reservatórios de água estão em níveis favoráveis e o Sistema Interligado Nacional (SIN) consegue garantir o abastecimento até fevereiro de 2026 sem necessidade de medidas extraordinárias.
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O ONS e estudos técnicos do governo apontaram que, mesmo com possível retorno do horário de verão, os benefícios esperados, como redução de pico de demanda elétrica no início da noite seriam limitados (alguns cenários estimam redução da demanda máxima em até ~2,9%).
Governo Federal bate o martelo sobre volta do horário de verão no Brasil
A mudança nos padrões de consumo, especialmente o uso de ar-condicionado durante tarde quente e a maior presença de fontes solares e geração distribuída, reduziu a eficácia que o horário de verão tinha no passado para economizar energia.
Caso seja retomado o sistema, o horário de verão poderia vigorar entre novembro de 2025 e fevereiro de 2026, seguindo modelo tradicional de meses de verão.
Sua adoção dependerá de indicativos claros de tensão no sistema: reservatórios mais secos, picos de demanda elevados, risco de despacho de termoelétricas com custos elevados, entre outros fatores técnicos.
O governo reforça com frequência que há outras frentes para garantir a segurança energética, como otimização das hidrelétricas, flexibilidade operacional de usinas, investimento em fontes renováveis e em eficiência energética.
No plano de operação energética para 2025–2029 (PEN 2025), o ONS também alerta para crescimento de demanda (~14,1%) e já considera o horário de verão como uma das ferramentas possíveis entre várias.
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