Anvisa impõe novas proibições a canetas antiobesidade
Resolução veta produção, venda, importação e divulgação de medicamentos sem registro no país
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nova resolução proibindo a fabricação, distribuição, importação, venda, propaganda e até o uso de medicamentos à base de GLP-1 que não possuem registro sanitário no Brasil — substâncias popularmente chamadas de “canetas emagrecedoras”.
Segundo o órgão, nenhum desses produtos teve sua qualidade, eficácia ou segurança avaliadas, o que coloca consumidores em risco. A medida busca impedir o desvio de uso de substâncias irregulares e reforçar a proteção à saúde pública.
A Anvisa esclareceu que medicamentos sem registro no país só podem ser importados em caráter excepcional, exclusivamente para uso pessoal, e mediante prescrição médica. Contudo, quando há proibição expressa, como no caso atual, qualquer tipo de importação passa a ser automaticamente vetada.
Medicamentos proibidos pela Anvisa
A resolução atinge diretamente os seguintes produtos:
T.G. 5 (RE 4030)
Lipoless (RE 3676)
Lipoless Éticos (RE 4641)
Tirzazep Royal Pharmaceuticals (RE 4641)
T.G. Indufar (RE 4641)
Todos eles são considerados irregulares e estão impedidos de entrar ou circular no mercado brasileiro.
Apreensões e riscos
Um caso recente em Mato Grosso do Sul chamou atenção das autoridades: um caminhão dos Correios foi apreendido transportando canetas emagrecedoras contrabandeadas, além de entorpecentes. Episódios desse tipo reforçam a preocupação da Anvisa com a circulação clandestina desses medicamentos.
No Brasil, substâncias agonistas de GLP-1 — como a tirzepatida — só podem ser utilizadas com receita médica, que deve ficar retida na farmácia no momento da compra.
Alerta sobre anúncios falsos na internet
A agência também emitiu um comunicado alertando para a proliferação de anúncios falsos em redes sociais e sites, oferecendo canetas de GLP-1, incluindo o Mounjaro (tirzepatida), muitas vezes com preços abaixo do mercado ou supostamente disponibilizadas “de graça” pelo governo mediante cadastro.
De acordo com a Anvisa, esses anúncios simulam páginas oficiais, chegando a usar domínios falsos como gov.anvisa.org, que não pertencem à instituição. O órgão reforça que não comercializa medicamentos e não atua como intermediário de vendas.
A orientação é clara: pacientes devem comprar medicamentos apenas em farmácias e drogarias autorizadas, e qualquer publicação suspeita deve ser denunciada.
“Não clique em links duvidosos”, alerta a agência.
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